quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sobre um tempo depois.



Doeu, doeu muito. Admito que por muitas vezes, eu, pensei que não fosse suportar. Pensei em ir embora, me desligar do mundo quem sabe.

 Não imaginei que fosse ficar assim, em prantos e a mercê de algo que um dia fora tão bom.

Meu mundo desabou sem eu estar preparado. Meu sono foi embora, horas, dias e semanas em claro. Meu copo se tornara meu único amigo. Uma amnésia temporária que me permitia dormir, mas ao mesmo tempo me proporcionava uma ressaca sentimental algumas vezes pior.

Então passou. Passou como tem que passar. Passou da forma como eu precisava que passasse. 

De certa forma me reinventei, talvez tenha encontrado um lado meu antes tão distante.
Meu ego parece rir de mim, do que passei e senti. Minha bebida parece ser minha eterna companheira, e sinceramente acredito que ela não me abandonará.

Hoje eu estou bem, e por vezes é difícil descrever isto. Sinto-me limpo, mesmo com minha alma por vezes tão suja. Descarreguei meu fardo, tirei o peso dos ombros e resolvi sair fora.
Meus olhos pequenos fitam o horizonte, sem perspectivas, ilusões, ou expectativas a serem criadas.

Espero ter voltado ao normal, ao riso sacana e a forma estúpida de ser. 

Sem mais delongas,


Matheus.