
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Sobre pensamentos da madrugada gélida.

Sobre o mistério.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Sobre valorizar os dias.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Sobre uma visão diferente.

segunda-feira, 28 de julho de 2008
Sobre a loucura.

domingo, 27 de julho de 2008
Sobre o que jamais será constante.

sábado, 26 de julho de 2008
Sobre a felicidade.

sexta-feira, 25 de julho de 2008
Sobre o sonho conhecido.

O sono apesar de ser pesado acabou revelando o mais puro dos sonhos. O abraço dado mostrara-me o que insisto em esconder. A dura realidade por hora até não se mostra tão ruim, porém é verdade que o mundo ilusório dos sonhos me traz mais tranqüilidade.
Não acredito ter sonhado contigo por mero desejo. Jamais lhe vi com olhos de malicia e não seria agora que mudaria meu singelo olhar. Realmente não sei o que sentir. Parece que o carinho delatado em outro texto se mostra presente nas horas que quero escondê-lo.
Fiz um pacto comigo mesmo e pretendo cumpri-lo. Sei que não se importas comigo e que és indiferente aos meus sentimentos, porém não consigo fazer uso deste mesmo pensamento e destas mesmas convicções. Teu sorriso mesmo que não direcionado a mim, me causa estranha paz. Reconheço que esta parte ficou afeminada. Sei também que tua amizade e até teu respeito que por hora tentei conseguir, eu não tenho.
Não consigo me sentir mal por estes fatos que relato. Concentro-me e consigo lembrar de coisas boas. O arrependimento não existe e o pacto que fiz só demonstra o carinho grande que sinto por ti, ou quem sabe pelo que eu virei e pela felicidade que obtive.
Somente irá falar caso ela não esteja feliz. Só usarei de palavras e do carinho quando ela precisar e me manterei na sombra para quem sabe um dia, eu espero que este não chegue, quando a tristeza lhe assombrar eu possa ajudar.
Sinto-me mais protegido. Não abro tanto meus sentimentos como um dia já abri. Não espero ser compreendido e muito menos quero isto, apenas informo que por hora as relações sentimentais estão suspensas.
O fato da diversão conta muito, porém é verdade que não quero esquecer as poucas boas lembranças que ainda guardei de um sentimento já antigo e quase apagado.
Com toda a repetição fico aqui e cansado de saber que serei mal interpretado. Não sou sentimental e muito menos estou apaixonado. Gostei e faço uso do carinho que adquiri para ao menos tentar deixar feliz alguém que me ajudou e me fez crescer como poucos.
Matheus.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Sobre o melhor de nós.

Queria praticar o sono dos justos. Deitar em minha cama cedo e adormecer sem ficar horas rolando pela cama. Quebro o resto dos cabelos que ainda tenho ao tentar dormir.
Não sei o real motivo, mas sempre me pego a pensar em atitudes tomadas que poderiam ter sido diferentes. Enxergo a situação novamente, com diferentes atos e diferentes reações. Imagino isto para tudo e todos os tipos de coisas que poderiam ter um destino diferente deste de hoje.
Repito o ritual tão abordado por este que acabam por ler. Olho filmes e escrevo textos já sem graça. Volto a cozinha para tomar meu copo de Coca Cola e apreciar os cones laranja que ficam na entrada da portaria de um dos prédios do condomínio.
Estou ficando previsível e todos já sabem quais serão minhas atitudes. Pragmático foi algo que jamais quis ser e sempre fiz chacota dos que assim eram.
Repito jargões que eu mesmo inventei, e isto se torna mais que repetitivo tal como esta ultima frase que acabei de escrever. Sinto ser compreendido quanto ao motivo da escrita e a capacidade que tenho de relatar os fatos.
Pareço inteligente e sinto como se fosse. Tais textos me fazem pensar que sou culto, tenho cultura suficiente para abordar e delatar os mais diversos assuntos. Demonstro meus pensamentos, de certa forma até que claramente.
Não tenho medo de mostrar que não concordo com muita coisa e que tenho opiniões diferentes de muitos dos que convivem comigo. Sejam opiniões com bases sentimentais, religiosas ou até sociais. Tenho certa estirpe de não me abalar e reconheço ser verdade. Poucas coisas são capazes de me afetar a tal ponto, mas acabo por tirar como lição, até para um dia dar o troco.
Conheço-me cada vez mais, conheço aos meus amigos e reparo a todos que estão em minha volta. Os defeitos por mais que sejam pequenos acabam sendo perceptíveis e ai é só um pulo para serem revelados.
Reconheço falar com tamanha arrogância. Acho-me capaz, sei de minhas qualidades, porém mais importante que isso. Sei muito bem dos meus piores defeitos e não tento supera-los, eu os exploro para tirar a pior parte de mim. Nada como ser um bom mentiroso, ou ser bom em intrigas.
As qualidades não são o diferencial, pois elas todos sabemos e são visíveis até os mais toscos da roça. Os defeitos mostram quem somos realmente e como podemos usá-los para tirar nossa pior parte, às vezes muito importante em certas ocasiões. Posso dizer que no mundo de hoje estas ocasiões não são raras e são até maioria.
Inteligência não chega a ser uma qualidade visível, entretanto resta saber se alguém conhece meus defeitos tão bem quanto eu.
Prazer, meu nome é Matheus e a maior alegria deste defeituoso é ser chamado de idiota depois de alguma besteira que eu tenha lhe dito.
Matheus.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Sobre bebida.
"O vômito é algo que vem de dentro. Vai acordar a gorda ai"
"bota ai que eu pedei"
são frases engrçadas e ditas por pessoas importantes em momentos de embriaguez. O Filipe disse que não esta bebado e que a gorda não merecia ser acordada.
É engraçado pensar que não gosto dela e que faço uso do pensamento de muitas pessoas, inclusive da mãe de algumas amigas. As amizades por interesse são perceptiveis e facilmente vistas por quem esta fora da relação.
A terça feira começa em alto estilo e tamanha amizade. A bebida constante faz as risadas fluirem de forma natural.
Vodka e cerveja, combinação do demônio e que faz a todos ficarem palhaços.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Sobre pensar.
A loucura sempre foi algo presente nos ditos escritos, porém hoje se torna mais visível aos olhos dos que acaba por vos escrever.
Falo em tom engraçado ao perceber que estou quase isolado e que poucos acabam por ler o que escrevo.
O coringa que acabei por ver e admirar no ultimo sábado ao cinema, quem sabe revelara-me alguém louco, esquizofrênico e sem uma razão especial para escrever tanto quanto escrevo.
O dito caos que predomina, tem certos pontos positivos e mostra quem são os capazes de sobreviver a um mundo já louco e pervertido.
São jovens que bebem e se drogam. É um mundo perdido e cada vez mais entregue ao dito pecado.
Tenho em mim a opinião de gostar de tamanha falta de regrar e o quão é mais divertido as burlar em pró da diversão.
Matheus.
domingo, 20 de julho de 2008
Sobre influências da infância.

Tento regressar ao passado. Gosto de ver como tudo era simples quando se é criança. Tenho em mim a sensação de envelhecer constantemente. Sensação esta que não me agrada nem um pouco. Sinto falta dos tempos de colégio, mais que isso, dos tempos em que brincar era a única aventura.
Não reclamo da vida, longe de mim, até pelo fato de não ter muitas preocupações mesmo hoje em dia. Mas sim pelo fato de me satisfazer apenas como uma brincadeira. Onde gostar de uma guria era algo a ser escondido e o futebol do recreio era sagrado. Os desenhos que assistia sequer tinham nexos, eram Vacas e Frangos, Cavaleiros de armaduras e um tal de Dexter com um laboratório cientifico dentro de casa, claro que escondido dos pais.
Era sedutor demais ver tudo aquilo e imaginar-me na dita vida dos personagens. O quão ilusório não é querer ter um grande laboratório escondido nos fundos do seu quarto.
Quem de nós jamais tentou fazer um “kame hame-há” do Goku.
Admito que desde esta tal época, eu já pensava em namoradas, por mais que tivesse de esconder o meu gosto pela garota desejada. O primeiro beijo até que não tardou a sair e posso dizer que foi com quem eu gostava no momento. Mas foi algo bem engraçado pelas circunstancias e decepções que tive perante aquela que me beijou.
É, posso dizer que jamais mantive um relacionamento continuo. É de total verdade que sempre acabo por enjoar, ou me desapegar de forma rápida quando algo está realmente ficando sério. Podem falar ser problemas de relacionamento, mas tenho certeza que disso não sofro. Quanto mais convivo com as pessoas, mais procuro e acabo por achar os defeitos que procurei para justificar minhas ações. Estava a procura da garota perfeita, mas sequer sei qual a perfeição que procuro e se isto existe.
Não se enganem quando pensam que sempre me baseio em desenhos. Não nego que já me influenciaram bastante, porém não faço uso do discurso de ficar só com a pessoa “amada” tão pregada por séries, novelas e até alguns desenhos.
De pedra, é como me sinto. Sinto uma enorme falta de sentimentos. Afeição por amigos e família, é o máximo que consigo tirar de algo já endurecido perante a tanta indiferença.
Será que algum dia eu voltarei a desejar um beijo de suspirar e me deixar nervoso? .
Pode ser que sim, e até não duvido se isso vier a acontecer rapidamente, como da ultima vez que pensei fazer o contrário.
Surpreendo-me, não por saber que já gostei, ou gostarei novamente. Mas pelo fato de saber que consigo controlar e até fazer paródia com o que um dia não me fez bem. Que isso um dia volte a todos que me desejaram coisas ruins. Isso se chama ódio, rancor. Como queiram, é fato que nem todos me conhecem e eu começo a descobrir cada vez mais um lado gelado e sombrio. Quem sabe agora possa me espelhar em desenhos malignos, é uma hipótese a ser considerada. Tal que sempre gostei dos vilões.
Matheus.
sábado, 19 de julho de 2008
Sobre férias.

Escrevo em alto tédio e alcoolismo. O sono tenta me dominar, mas reluto em entregar-me aos bocejos do sábado a noite.
A rotina começa a voltar ao normal, às férias que começam a se acabar. Já sinto falta dos tempos de aula. Gosto de sair de casa com o pré-suposto objetivo de aprender. Realmente me sinto mais inteligente a cada aula e sinto passar mais rápido o pouco tempo de faculdade que ainda tenho. É como se o semestre fosse gradativamente diminuindo a cada dia de aula passada.
Não tenho muita empatia pelas férias de inverno, até por não existir inverno por estas bandas, mas que seja, preferia ter mais tempo nas férias de verão do que parar este 1 mês que nada se tem a fazer. Não vejo à hora de voltar a ter provas e a sair-me bem, sentir aquela sensação de ser achar um gênio e gabar-se por isto.
Por anos convivi com falta de interesse nos estudos, mas sinto ter mudado. Quem sabe a responsabilidade, ou a tal maturidade chegaram a este que vos escreve. As conversas paralelas não acontecem mais e aproveito o máximo de cada matéria. Procuro ir bem às primeiras provas que tenho, para ficar descansado perante as notas. As semanas seguintes às provas são quase nulas, ao menos para mim. Falto sempre após tirar notas boas e quase sempre só vou para a revisão ou para as provas finais. Gostei muito desta tal de faculdade e até pareço não fazer esforços para passar. Posso dizer que é inegável a diferença de estudar algo que se gosta e se escolheu, a estudar algo imposto e muitas vezes conduzido de forma errada pelo professor que mais se preocupa em lhe dar educação a ensinar-lhe a real matéria.
Despreocupo-me, não estudo e até tenho tempo de escrever. Coisas boas que nem preciso de férias para me sentir mais descansado.
Matheus.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - Parte X

O baile seguira madrugada a dentro. A diversão era contagiante. Jovens dançando, se divertindo e muitos apreensivos pela espera do grande anúncio.
As atenções começavam a se voltar para a grande decisão dos jurados, porém só uma das favoritas encontrava-se presente no recinto. O anuncio não tardara mais, e Isabell ganhara o título de rainha do baile. Nada de surpresas para os que viram a bela performance da elegante garota. Sua coroação só não fora mais especial do que a noite que vivera Julita.
Deitada na cama, sob lençóis brancos a ainda alcoolizada menina estava vivendo um momento único. Achara realmente ter encontrado o amor de sua vida e rendeu-se a perdição, para com ele perder sua dita inocência. A luz de velas que deixara o clima mais romântico, não passara de artifício do sedutor Vlad. Sua então noite especial acabara acontecendo da forma como nunca havia desejado. Os sonhos, costumes e ideais estavam sendo quebrados ao se deitar a cama tão nova e com um cafajeste que sequer fora seu namorado.
Toda sua dita ingenuidade havia sido jogada fora, ao se render as suas fantasias. O fizera como se fosse experiente e até surpreendera o então parceiro. A tímida Julita revelara a autoridade de uma garota mandona em seus momentos íntimos.
O efeito da bebida passara e Julita não crê no que se passa. Acorda em meio a roupas intimas, com seu novo vestido jogado ao chão, junto dos lençóis ainda sujos de sangue.
Incrédula com a situação, ela tenta relembrar o que acontecera. Os momentos que lhe vem a mente revelam uma noite nefasta, de prazer e luxuria. Está desolada, era muito jovem para cometer tamanho pecado, é o que pensa Julita. O sentimento de amor que sente por Vladimir a faz crer que isso não passaria em branco e que o casamento seria a melhor forma de então consertar a situação.
Algumas considerações finais sobre o baile e mais detalhes sobre a angustia de JulitaMatheus.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Sobre a amizade que sequer existe.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Sobre saber.

terça-feira, 15 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - O Baile - Parte IX

O baile segue noite adentro. A ultima a entrar fora Isabell, a favorita ao titulo de rainha do baile só comprova o que todos já sabiam. Sua beleza e atrevimento são marcas da bela donzela. As luvas que usara realçavam sua condição social. Cabelos escorridos e escuros davam um contraste bonito a já maquiada face da ainda jovem garota.
Seus olhos brilhavam e tal como uma princesa, Isa adentrara o salão principal causando um furor inigualável. Os rapazes que acompanhavam sua grande apresentação já deliravam, quando a jovem de classe alta acabara por mostrar a bela rasga na parte lateral de seu então inovador vestido.
O charme do vestido roxo com cortes diferentes, ainda era uma novidade vinda diretamente da Europa. Mas completamente adaptada aos padrões porto alegrenses, pela feminista Isabell. Suas formosas e bem definidas pernas causaram delírio total e até certa surpresa aos que eram mais tradicionais.
Julita sequer vira a grande performance desta que seria sua grande rival ao prêmio de rainha do baile. O álcool que tomara fora suficiente para revelar seus verdadeiros instintos, que foram aproveitados pelo então galanteador Vlad.
Entusiasmada e alcoolizada, Julita acabara adentrando no então conversível carro do mais famoso conquistador daquelas bandas. Vladimir a levara para seu apartamento e como a fama que tinha, acabara por concretizar sua mais nova conquista.
Os poemas que recitara, foram suficientes para deixar a ainda estonteante Julita em uma fácil conquista.
A jovem que era considerada inocente por muitos, mostrara suas verdadeiras intenções e sentimentos. Fora conduzida aos atos sexuais, mas em nenhum momento obrigada. Fizera tudo que sempre fantasiou, mesmo que em seu mais profundo subconsciente.
Já não era mais menina, porém este era um segredo seu e de Vladimir. Ao menos era isso que ela esperara.
Matheus.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - O Baile -Julita - Parte VIII

O salão principal do Royalty Palace estava decorado de forma sensacional. As mesas que ficavam em torno de onde seria feito o desfile e a dança, eram decoradas com toalhas brancas e velas para manter o clima de noite de gala. O tapete vermelho marcara a entrada dos pares para a grande cerimônia. Garçons fantasiados e com máscaras davam um tom mais despojado e relaxante ao grande evento citadino.
As belas jovens começavam a chegar, acompanhadas por suas famílias ou por seus ditos pares.
Pontual como sempre, Julita adentra o recinto reservado onde todos que dançariam a famosa valsa ficavam. No salão principal, sentados nas mesas iluminadas por castiçais, os familiares esperavam ansiosamente pelo começo da cerimônia.
Seria a quinta dentre as dez que desfilariam e logo em seguida dançariam. Os nervos a flor da pele deixavam claro o nervosismo da jovem garota.
A cerimônia começara no horário previsto, e as primeiras garotas já pisavam no tapete vermelho tão reverenciado. Uma a uma vão desfilando graciosidade.
Após o término da dança da quarta garota, Julita entra ao lado de Vladimir para pisar no tão sonhado tapete vermelho, que já havia consagrado muitas das belas mulheres da alta sociedade porto alegrense. O belo terno que Vlad vestia foi mero coadjuvante para a linda e bem vestida Julita.
O vestido branco que usara era deslumbrante e realçava seu belo colo. Pernas e ombros descobertos eram até então uma afronta para a sociedade atual, mas nada que não deixasse a todos deslumbrados com tamanho brilho no olhar da garota que adentrava a sociedade. Seu cabelo castanho claro, puxando para o dourado reluzia em volto a luz das velas. O olhar que apaixonara a todos que o viam acabou brilhando intensamente ao dançar a valsa de forma impecável. A bela postura que demonstrara e a desenvoltura com o salto alto demonstrara o árduo treinamento que fizera em casa.
Julita acabara por surpreender todos que haviam ido ao grande evento. Já era forte candidata ao titulo de rainha do baile. Sua forte personalidade, apesar da inocência se tornava suas principal vantagem perante as outras candidatas. Além é claro de sua bela performance e de sua beleza agora vista e revelada para todos.
A felicidade tomara conta da bela garota, alguns goles de bebida alcoólica eram necessários para assimilar tamanho acontecimento.
Incrédulo com o que havia visto, Vladimir acaba por olhar sua bela parceira com olhos de atração. Ficara estarrecido e tentara aproveitar a felicidade e a dita bebedeira que por hora tomavam conta da bela e deslumbrante Julita.
Matheus.
domingo, 13 de julho de 2008
Sobre sentir.

Consigo demonstrar minha inconstância. Não somente a revelo como a demonstro no passar dos meses que escrevi. Neste sábado sem saídas noturnas peguei-me a reler textos antigos e os comparar com os mais recentes.
Noto evolução, não somente na escrita e até mesmo na pontuação. Mas acabo por ver que cada vez mais estou conseguindo passar realmente o que sinto e o que penso aos que acabam por ler. Acabo por rir com tamanhas bobagens escritas, e com tamanho grau de variabilidade de meus ditos sentimentos.
Por hora chamei de amor, passei para a paixão e acabei revelando no amargo da noite que hoje não passara de um rancor. Posso dizer que retratei todas as formas de sentimentos e de acordo com seus respectivos momentos. Sinto imensa vontade de falar-te. Realmente não sei se teríamos assunto e qual a face minha despertaria ao te ver. Minha dor no peito revela que a saudade ainda é algo vivo dentro deste que vos escreve. O teu nome citado por vezes me denuncia como um apaixonado por bons momentos. Já não nos conhecemos mais. Eu por vezes sinto ter mudado, não sei se para o lado ruim, ou bom. Como se houvesse alguma forma de pré-julgar o dito “bom” e o dito “ruim”.
Que seja. As atitudes que tomas, segundo terceiros, não condizem com a tua imagem que ficou marcada dentro de mim.
Realmente, reconheço que acabou. Somos diferentes e acabei por descobrir não só minha escondida personalidade, mas sim revelar tua então face que eu ainda não conhecia.
Gosto, ou quem sabe sinto falta. Ainda não aprendi a decifrar o que as dores significam.
Matheus.
sábado, 12 de julho de 2008
Sobre coisas jogadas ao ar.
apaixono-me por suas fotos
iludo-me em pensar que serás minha
descrevo-a em traços perfeitos
vejo o quão linda és
sinto gostar de ter tua amizade
sinto ansiedade em saber que me causa atração
teu jeito ainda inocente revela o brilho no meu olhar
xD
realmente não sei o que eu pensava quando sai escrevendo tanta merda junto :(
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Sobre o tempo.

Os dias passam e não tenho mais idéias de como demonstrar o que sou, ou o que sinto. Realmente não gosto de auto-descrições, apesar de já as ter feito por várias vezes. Começo por hora a usar minha dita criatividade para criar um ambiente com personagens. Tento mesmo que quase sem sucesso a dar vida e criar laços de personalidade nos personagens que faço.
Jamais pensei em ser escritor, mas revelo que ultimamente tenho gostado de escrever, e quem sabe possa levar adiante, claro corrigindo os erros crassos que cometo.
Ainda desafio-me a escrever sobre o que um dia senti. Tento provar que não sinto mais nada, e apesar de saber que isto é de total forma verdade, acabo por sentir saudades. Não digo que sinto falta dela, mas que sinto falta da forma como eu fiquei. Apesar de odiar ter os sentimentos a flor da pele, reconheço que estava mais confiante e que tive tamanho momento de felicidade. Sentia-me bem por achar que havia encontrado minha dita alma gêmea, mas hoje vejo que o que era um grande amor não passou de uma paixão, forte, porém uma simples paixão de verão.
Aos poucos sei que me reencontro e mesmo que isso tenha demorado, acabara por vir em momento oportuno de reflexão. Volto às boas e velhas companhias, a velha e não tão boa rotina.
Sinto que preciso deixar me levar, quem sabe seria bom apaixonar-me mais uma vez. Penso duas vezes antes de desejar isso e apesar de achar que seria bom, já não consigo me ver melódico e bobo de novo.
Queria eu ser chato o tempo todo, conseguir só gostar de quem gosta de mim, apesar de essa pessoa não existir, e dar valor somente aos que merecem.
Uma coisa é mais que certa. O rancor está em mim e gosto disso. Sou amargo e saibam que não perderei mais tempo com quem não merece. O tempo já voltou ao seu normal e consigo tomar atitudes que só um digno Matheus tomaria.
Matheus.
Sobre Meados de 30 - Parte VII

A semana passara vagarosamente e o final de semana demora a chegar. As aulas ocupam metade do dia dos jovens e ajudam a baixar a ansiedade, ou a aumentar com as fofocas que rolam nos intervalos. O assunto não pudera ser outro. O grande evento citadino está cada vez mais próximo, porém os dias parecem demorar a passar.
A quarta feira era de ensaios para as garotas e de ajustes para os rapazes. Tudo teria de estar perfeito para o grande sábado, nada poderia dar errado. Baseados nisso, os jovens faziam os últimos ajustes em seus ternos, o alfaiate Macedo trabalhara muito por essa época do ano. Enquanto isso na Escola Metropolitana, o ensaio reunia todas as garotas que desfilariam e depois dançariam com seus pares no grande e vistoso baile. Julita aprendia os primeiros passos da famosa valsa, enquanto Isabell e suas amigas ditas populares já dominavam a arte da dança.
Envergonhada, mas com muita vontade de mostrar que conseguiria, Julita parte em direção a sua casa, pronta para aprender e surpreender a todos. Era uma das grandes virtudes da tímida, porém bastante persistente garota.
O vestido que não ficara bom em seu corpo já era passado e o novo que ganhara de seu par Vladimir acabara por realçar seus belos ombros. Julita preparava tudo para uma noite perfeita e começara a olhar com bons olhos o que seria seu par no grande baile.
O presente dado concedeu a Vlad o patamar de bom moço e confiável perante ainda insegura, tratando-se de garotos, Julita.
Isa definira seu par, e acabara escolhendo o bonito Roberto Pires, filho do então juiz Marcos Pires. Alguém que mesmo não se equiparando a bela garota em beleza e elegância, era do mesmo nível social que a donzela tão pretendida.
Matheus.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - Parte VI

A cidade respirava a semana do grande baile de formatura. A alta sociedade estaria em peso e todos já arrumavam os preparativos do grande evento citadino. O salão reservado era o do hotel Royalty Palace, que se situava no centro da capital.
A ansiedade tomava conta das jovens garotas que desfilariam sobre o tapete vermelho mais desejado do estado. Com seus vestidos de seda, muitas vezes usando coroas e jóias, as garotas adentrariam o salão principal acompanhadas de seus pares.
O comércio já vivia o ar do famoso baile, e lucrava de forma absurda. Eram costureiras atarefadas com vestidos e empórios encarregados do abastecimento e da organização do salão.
A festa tão esperada aconteceria somente no sábado à noite, e em plena segunda feira já se escutava cochichos sobre quem iria levar a coroa de rainha do baile.
Aos poucos e sem pressa, Julita experimentava o vestido velho que fora de sua mãe e que agora usaria nesta ocasião tão especial. Os ajustes que fizera não ficaram de bom grado, e sua estima para o grande evento já começara a ser afetada. Era de tom azul turquesa, feito de seda e cortado, formando um grande decote. O que não era a melhor opção, já que a bela jovem tinha bustos pequenos. No entanto, a importância que dava a este baile não se equiparava a forma como as outras meninas tratavam tal evento.
Julita sequer tinha sapatos para a festa, e apesar da condição financeira boa, a bela garota já demonstrava ser consciente, ao dizer que não gostara de gastar em coisas fúteis para ser usado uma única vez.
Pelas bandas da alta sociedade, Isabell vai a mais fina costureira da capital. Após as medidas tiradas a jovem autoritária proclama que seu vestido é prioridade e que deve ser entregue em até dois dias. Sua alta condição financeira e social permite-lhe abusos de autoridade e até humilhar as pessoas de classes inferiores.
A rica garota vive a intensa duvida de escolher seu par. Vários pretendentes apresentaram-se, mas nenhum que ficasse ao nível de sua beleza e de sua classe.
Era candidata forte ao topo de rainha do baile, e todos queriam estar ao seu lado e assim conquistando o post de rei.
A semana recém começa e os boatos são grandes. Águas vão rolar e o grande baile promete muito.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - O Conquistador - Parte V

O belo Vladimir do topete modelado pela brilhantina e do bigode arrebitado parecia ser um rapaz sério. O terno xadrez que por diversas vezes usara era sempre acompanhado do elegante cachimbo italiano que ganhara de presente do então vice-governador de São Paulo. Ao menos era isso que ele contava.
Dizia-se mercador de iguarias de um grande empório das bandas paulistas e viera ao Rio Grande atrás de novos produtos. Logo de sua chegada, e com boas referencias o então jovem mercador ganhará fama entre as moças da alta sociedade. Seu modo de andar e suas ditas boas amizades em São Paulo também lhe renderam bons círculos de negócios.
O empório Siqueira & Campos fora o primeiro a demonstrar interesse no trabalho e na experiência do jovem, porém vivido rapaz paulista. O que ele dizia ser uma busca por novos produtos, acabou se transformando em algumas consultorias quanto à área de vendas. Virara palestrante e dava conselhos aos mercadores, donos de mercados e afins, quanto a vendas e tratamento de clientes. Sua fama que já era grande acabara multiplicando-se e o malandro rapaz acabara por mudar seus planos. O dinheiro fácil, sem pequenos furtos e trapaças, o seduzira o suficiente para passar mais tempo que deveria na capital dos gaúchos.
Freqüentava os melhores e mais conceituados restaurantes, era sempre convidado aos bailes que aconteciam na alta sociedade e sempre aparecia na companhia de alguma bela moçoila. Sua lábia de farsante o ajudara com as mulheres, não que isso fosse necessário, já que elas que o usavam para se promover na sociedade.
Era um poeta da noite, bebia e declamava seus causos a quem quisesse escutar, diria que era charmoso e tratava a todos de bom grado. Tinha o carinho e o respeito da população porto alegrense, mas estava cansado das mesmas conversas, das mesmas mulheres e de ser usado por elas. Estava à procura de revigorar sua habilidade de manipular.
As freqüentes saídas noturnas não lhe renderam bons frutos e fora no trabalho matinal que acabar encontrando a que seria a vitima ideal para enganar.
Após o turno escolar, Julita dirigia-se ao empório que antes era de seu avô e que agora seu pai tomara conta, para ajudar nas vendas. O jovem Vlad como era conhecido fazia a parte administrativa do empório Siqueira & Campos, e ficara encantado ao saber que Julita apesar de estar na flor da idade ainda não se importara com bailes e garotos. O sorriso meigo e ingênuo por hora até fizeram o golpista titubear em sua decisão, mas nada que não fosse passageiro.
A investida fora dada para o baile de formatura do primeiro ano que Julita estava na escola. O jovem galanteador tomou posição e acabara por convidá-la ao baile. Sem par e diante de tão formoso rapaz Julita não tivera como negar tamanho convite e tamanha satisfação, apesar do desaprovo ferrenho do pai.
Matheus.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Sobre o diário.

segunda-feira, 7 de julho de 2008
Sobre um perfil.

domingo, 6 de julho de 2008
Sobre o descanso.

Um típico dia de descanso é o que eu diria ao final deste que passa. O copo que hoje empunhei tinha apenas Coca-Cola dentro e não me trouxe sequer sinais de alucinação. O clima ameno e o sono me impediram de ter vontade de sair de casa durante a noite. A fome aliada do supremo olho gordo de devorar uma pizza foi o bastante para me deixar em casa por mais um dia.
A série que comecei a ver me deixou bastante entretido e por hora havia até esquecido de escrever. Revivo o hábito de ver filmes e seriados, hábito este que havia perdido e que por algum motivo bom voltou para mim. Tenho idéias para ir aos poucos finalizando a primeira parte do conto que escrevo, mas não sei ainda como os fazer. As idéias parecem surgir e não sinto falta de algo bonito no que escrevo. Nada como tomar quase dois litros de refrigerante após uma ressaca para ter seus pensamentos de volta ao lugar.
Digo-lhes prazer e mais que isso, eu informo-lhes que sou viciado em Coca-Cola, em filmes e em fastfood. Claro que tudo isso acompanhado das devidas companhias. Só não digo que é melhor que uma boa viagem regada à boa bebida e com os amigos reunidos e falando besteiras.
Matheus.
sábado, 5 de julho de 2008
Sobre besteiras.

O final de semana começa de forma agradável. As saídas que por hora foram evitadas, agora começam a voltar a ser realidade.
Não sinto mais a tristeza do final de noite, acabo por sentir a felicidade de ter a minha vida e ser livre para fazer a minhas escolhas. As cervejas que divido com meus amigos são de suma importância e revelam a camaradagem que existe em um simples trocar de palavras.
Somos quem somos e nossos amigos são espelhos de quem somos e o que fazemos. Personalidade forte eu sempre tive e jamais tive vergonha de afirmar as coisas, por mais duras que fossem. Continuo assim e sei que minha honestidade hoje é entendida por todos que alguma forma foram atingidos por ela. Bebida boa e gelada é um grande incentivo a um escritor noturno sem mais inspirações.
Matheus.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Sobre o destino.

O destino. Como pode uma pequena palavra ser a chave de toda uma vida.
Por vezes me deparo com insinuações de que o destino é cruel, ou que é benevolente. Não consigo atribuir minha vida a algo que sequer existe. Sei que já o citei como alguma explicação, mas não acredito que nossas vidas estejam presas a algo que já está certo.
Decisões a serem tomadas são provas que o tal destino que muitas vezes serve de consolo aos perdedores não existe. Por qual motivo viveríamos se tudo já esta de certa forma traçado e escrito?
Somos quem somos e temos nossas próprias decisões, fazemos nosso futuro de acordo com nossas escolhas, e que não me digam o contrário, pois se acreditas tanto neste tal destino, que deixe sua vida passar e atribua a ele o fato de ver seus sonhos e suas convicções indo embora. Jamais esperarei que meus sonhos virem realidade somente acreditando que o “que é meu ta guardado”. As grandes conquistas que fiz e que eis de fazer ainda, não serão frutos do destino e sim minhas conquistas. Pois eu as fiz e não fui um simples tolo que acredita em uma vida já traçada.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Sobre repensar.

Liberdade. Somente isto já qualificaria o que sinto.
Estou livre e ocupo minha mente com coisas saudáveis. Até parece que falo quanto a drogas, mas saibam que isso jamais me chamou a atenção.
Não me recordo de nenhum momento em tamanha paz interior desde o dia que comecei a escrever. Os meses que se passaram foram de suma importância e me deram algumas lições. Começo a perceber situações parecidas que ocorrem tão próximas a mim e desmistificam sentimentos que eu insistia em passar.
Não tenho mais um olhar de arrependimento, e muito menos tento mascarar o que houve. A decepção que causara foi por hora tapada com o que sentia, mas agora tudo volta ao normal. Nada que foi feito será esquecido, e o rancor que ameacei trazer a tona sequer existe. Não odeio quem não merece ser odiado, tenho desprezo por quem um dia abusou de minha fase amorosa. Tratamento da forma como merece será agora uma constante, e não pensem que xingamentos serão necessários. O simples fechar dos olhos perante a situação e a indiferença que por hora até tu usastes são o que necessito para me fazer entender.
Tua beleza me agrada, mas tua falsidade em revelar sentimentos me assusta.
Jamais tinha conseguido expressar este lado da história que penso. Inconstante e agora de volta. O simples olhar de quem não se interessa e se mostra a parte de sentimentos é suficiente para mostrar que consegui abrir meus olhos, mesmo que tanto tempo depois.
Boa bebida, bons amigos e lindas garotas. A preferência é por loiras, mas nada contra morenas. Garotas influenciáveis são as que eu procuro. Garotas que se deixem levar pela lábia ruim do que vos escreve. Por hora fico por aqui e penso que estes textos bonitos que um dia fiz sirvam ao menos para algumas novas conquistas.
Matheus.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Sobre Meados de 30 - Julita - Parte IV

Porto alegrense de nascença a bela garota dos olhos cor de mel nem sempre viveu na capital dos gaúchos. Crescendo em meio ao interior do estado, a jovem Julita se tornou ingênua demais para a idade que tinha. O infortúnio da morte de seu avô trouxe sua família de volta a cidade grande. Os negócios do grande Siqueira Campos, agora seriam administrados pelo seu genro, o pai de Julita.
O convívio em grande massa ainda era uma novidade para a inocente garota que tivera de abandonar as amizades da roça para voltar ao grande centro. Os negócios iam de vento em polpa e possibilitaram a matrícula da antes menina do interior em uma das mais tradicionais escolas da capital. A Metropolitana como era conhecida, era dotada de alto conceito perante a sociedade.
Não demorara muito para Julita perceber que seu convívio não seria fácil nesta nova etapa de sua vida. Apesar da pouca idade e do olhar ingênuo, logo notara que era mal vista por aquelas que se diziam nobres na escola. O jeito meigo e simpático que por vezes lhe rendera boas amizades, agora era tratado como um defeito e muitos a caçoavam por tais virtudes.
A pouca estatura que tinha era compensada com a inteligência acima da média e isto bastava como resposta para os que por ela não tinham simpatia.
Seu primeiro ano na nova escola passara depressa, e mesmo que sem muitas amizades ela sentia enorme felicidade, pois estava podendo aproveitar de umas das melhores instituições de ensino do sul do país.
Seus belos olhos eram atrativos para os que apreciavam sua beleza. Castanho claro, quase puxando para um dourado era a cor de seus longos cabelos lisos. Sardas pelo rosto mostravam a descendência germânica. O jeito de se vestir ainda trazia as influências do campo. A rosa que trazia atrás da orelha era algo curioso se fossemos comparar as outras garotas de mesma idade. O caminhar em cima do salto alto chegava a ser engraçado, visto que jamais havia calçado algo de tamanho desconforto, porém de tamanha importância social.
(continua...)
Matheus.