Olá, acho que ninguém me conhece, talvez eu não me conheça. Entre meus delírios, meus devaneios e sonhos corriqueiros, eu, vou buscando minha perfeição, a tal sensação que descobri e que desejo ter novamente.
Confesso que sou estranho, tenho lapsos de um humor sagaz, às vezes simpático e muitas vezes grosseiro.
Sou de uma inconstância desumana. Sou e não sou em questão de horas, dias e por mais quanto tempo tiver de pensar. Alguns arriscam dizer que me conhecem, mas não sei se acredito nisto, ao menos não por completo.
Sou um romântico, se é que possamos falar isso, mas não sou sucedido, passo, bem, longe disto.
Muitos dizem que sou grosso, não nego a fama, gosto de tal. Sinto me seguro por entre minhas falas de auto confiança e meus breves lampejos de uma arrogância sem limites.
Gosto do que sou, nem sempre, mas em uma totalidade. Não posso dizer que fui reverenciado com a beleza, inteligência, ou seja lá mais o que é preciso hoje em dia.
Tenho em meus olhos a minha fisionomia, meu espelho, o que demonstra o que sinto e o que quero sentir.
Já fui triste, às vezes me pego curtindo a mais branda solidão, afogado ao lamurio e a desilusão de algo que sequer acabou.
Sou de fato perturbador, isso é comprovado. Falo sem ser questionado, talvez esse seja um grande defeito, não para mim, não da forma como penso.
Entre a linha tênue da razão e da paixão, talvez amor, vou me conduzindo, sem saber o que fazer, mas com um ideal.
O melhor de mim, isso que eu procuro e isso que vou encontrar, por mais irônico que possa parecer, eu acho que eu tenho algo de bom.
Isso parece ser mero acaso, talvez em horas cá esteja me contradizendo e derramando lágrimas, gotas de uma paixão sem fim, sem limites.
Esse sou eu, Matheus, de tantos defeitos, que faz as coisas precipitadas e fora de ordem.
Vou ao encontro de minha cama, está que me espera, noite após noite e sem hesitação.
Matheus.