
Estranha névoa que restringe minha visão. Aperto constante que abafa meus pensamentos.
Sinto-me perdido em meio ao caos, dentro do meu mais sombrio pesadelo e meu mais belo devaneio. Meus sonhos parecem se realizar, porém, algo me faz ficar triste.
Tudo perde o tom. O choro, escondido e sem soluços, já se tornara rotineiro. Meu peito tenta palpitar, sem sucesso, afogado em meio a lamurio e decepções.
Terei de abandonar, esquecer que um dia existira e admitir que isso seja o fim, sem mais delírios derradeiros.
Meu amor, eu te digo mais uma vez que tu serás eterna e única. O brilho em meus olhos é notável e não canso de declamar a ti toda a poesia, todo meu amor incondicional que já fora mais que mencionado.
Minhas mãos sentem falta das tuas, meu pensamento teima em ir de encontro a tua lembrança e eu, tolo como sempre, ainda sonho em te abraçar por mais uma vez.
Queria tanto sentir o teu calor, ver tuas bochechas rosadas e gritar ao vento que te amo.
Pareço um poço de amargura, de ressentimentos envoltos a uma capa que insiste em me cobrir.
Gosto de ser assim, talvez eu seja assim.
Despeço-me em tom melancólico e dizendo que na eternidade ainda vou te encontrar. Talhando árvores com nossas iniciais e fazendo juras de que nosso amor será para sempre.
Matheus.