A máscara aos poucos vai caindo. Esteve por bastante tempo comigo, mas já não a quero, na verdade nunca a quis.
Dos castanhos olhos que tenho vem à visão. Enxergo como jamais tinha enxergado. Já sei quem sou e estou apto a controlar. Sou meu próprio psicólogo. Ponho-me em situações de teste e consigo reações, antes, surpreendestes para comigo mesmo.
Não estou exposto, nunca mais eis de ficar.
De meus ouvidos vem o som, aquele que quero escutar. Sou quieto, sei perceber a realidade, a situação que estou. Não me pronuncio antes de saber o anseio de todos, de saber suas expectativas e seus medos.
Pareço fácil de agradar, mas não sou. A impressão é que sou manipulado, mas não é o que acontece, muito pelo contrário.
Dou-lhes os fatos, as expectativas e o que querem escutar. Revelo meu êxito na hora de manipular.
Pareço fraco, não tenho motivo de me passar por forte. Sei aonde posso chegar e os caminhos a seguir.
De minha cabeça vem o desenho de cada personalidade, de como devo lidar com as pessoas a minha volta.
Adapto-me bem as situações as diferentes formas de ser. Revelo meu interesse sem emoção, nervosismo, ou qualquer outro sentimento.
Mantenho-me distante, sorrateiro a espera do que pode ser o objetivo final. Abuso da forma humana de ser dos outros. Uso do nervosismo, da raiva alheia para descobrir o que é de meu interesse.
O tom sereno na fala pode ser uma ótima e vantajosa forma de irritar aos que estão nervosos com a situação.
Matheus.
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