sábado, 30 de maio de 2009
Sobre a última despedida.
Estranha névoa que restringe minha visão. Aperto constante que abafa meus pensamentos.
Sinto-me perdido em meio ao caos, dentro do meu mais sombrio pesadelo e meu mais belo devaneio. Meus sonhos parecem se realizar, porém, algo me faz ficar triste.
Tudo perde o tom. O choro, escondido e sem soluços, já se tornara rotineiro. Meu peito tenta palpitar, sem sucesso, afogado em meio a lamurio e decepções.
Terei de abandonar, esquecer que um dia existira e admitir que isso seja o fim, sem mais delírios derradeiros.
Meu amor, eu te digo mais uma vez que tu serás eterna e única. O brilho em meus olhos é notável e não canso de declamar a ti toda a poesia, todo meu amor incondicional que já fora mais que mencionado.
Minhas mãos sentem falta das tuas, meu pensamento teima em ir de encontro a tua lembrança e eu, tolo como sempre, ainda sonho em te abraçar por mais uma vez.
Queria tanto sentir o teu calor, ver tuas bochechas rosadas e gritar ao vento que te amo.
Pareço um poço de amargura, de ressentimentos envoltos a uma capa que insiste em me cobrir.
Gosto de ser assim, talvez eu seja assim.
Despeço-me em tom melancólico e dizendo que na eternidade ainda vou te encontrar. Talhando árvores com nossas iniciais e fazendo juras de que nosso amor será para sempre.
Matheus.
Coletânea:
Sentimentais de merda
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Sobre a mesma verdade.
Não passo de mais um. Aquele que não é agradável e por vezes está sozinho.
Sou somente mais um a vagar pelas ruas e em companhia de minha inseparável garrafa.
Meu peito, antes inflado, agora me remete ao confuso sentimentalismo. Algo que bate, inconstante e me deixando ansioso. Não sei o que fazer, ou se algo devo fazer.
É verdade, tua face, sempre ela, traz a tona tudo que um dia eu quis eternizar e que hoje luto para esquecer.
Meus dedos tremem, seja de nervosismo, ou do constante vento gelado que colide contra meu corpo inerte.
Meu semblante é o mesmo de sempre e minha cara meio enjoada, insossa já virara rotina.
Acostumei a ver no espelho minha frustração, minha solidão quase corriqueira.
Ainda posso repetir meus votos de fidelidade, ou o brinde a eternidade que um dia fizemos. Meu sentimento fervoroso agora parece se esmaecer em um tom cinza cada vez mais apático.
As lágrimas não correm mais por meu rosto, mas o rancor, este sim domina meu coração. Não há graça, nada com vida ao olhar, dos pequenos olhos, deste que vos escreve.
Matheus.
Coletânea:
Sentimentais de merda
Assinar:
Postagens (Atom)