sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sobre uma quinta feira.


Tudo está escuro, nada parece ter vida nesta madrugada semanal. Ao som de Guns n’ Roses vou lendo e tentando escrever.

A madrugada por tantas vezes fora minha amiga, mas hoje parece estar dispersa e longe de uma conversa amigável.

Nas noites como esta é que me sinto livre de tudo que eu não goste de ter.

Não tenho mais os, antigos, pensamentos e agradeço ao bom Ralf por tantas vezes me ouvir. Já escrevo por diversão e prática, não mais por uma causa, ou bem estar momentâneo.

Não quero fazer deste um documento histórico, tal qual um diário, longe de mim isto, mas por vezes gosto de relatar tais acontecimentos.

Muitas coisas parecem estar mudando, ao menos eu queria que mudassem e isto parece estar fazendo efeito.

Minha concentração determina o que sou capaz de fazer e hoje já penso que tudo está ao meu alcance. Diria ser confiança, quem sabe, mas realmente acho que sou capaz e isto jamais fugira de mim, apenas estava escondido.

Entre um copo de vodka, whisky e afins vou regar meu final de semana com a motivação de me divertir e sucessivamente divertir aos outros.

Que o riso continue a sair fácil e que isso não se modifique, não mais.


Matheus.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre outra história.


Não sei o motivo de ter a deixado ir embora. Fui tolo como sempre. Acreditei em minha mais absurda falácia. Achei ser possível controlar o que sequer sabia que existia.

De minha boca duras palavras foram ditas, sem sentido e sem razão eminente. Não choro, isto é coisa de moça, mas me arrependo de não saber sentir a situação, ser sensível a este tipo de apelo.

Não era o conto de fadas que tanto retratei, mas era de suma importância e hoje vejo a falta que me faz. Sinto falta de sua presença, de seus lindos olhos e seu cabelo reluzente.

Estava exposto e isto me deixara completamente insano. Não poderia quebrar a escrita, a estirpe de frio por uma mera sensação de paz, de estar completo.

Preferi ficar com meus dilemas e com minhas teorias que até me completam, porém elas não têm a mesma beleza desta que descrevo.

Hoje percebo o erro, talvez acerto, para quem pense em manter sua identidade, mas é fato que ainda a sinto e a desejo como sempre a desejei.

As palavras árduas seriam substituídas por clássicas frases de galanteio e procuraria tirar-lhe um sorriso para mais uma vez a beijar. O passado não voltará e nem quero, mas ainda eis de ter minha chance de falar o que tanto guardo.
Matheus.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre uma mente confusa.


Sempre fui fechado e dificilmente mostrava meu real sentimento. Tudo soava tão falso nas vezes que ousei declamar o amor, ou quando tentei fazer algum carinho.

Parecia tão irreal e de certo ponto até era. Não me sentia a vontade fazendo uma cara bonita, não que a tivesse, ou mostrando um olhar apaixonado.

Jamais tive desenvoltura para tratar de meus sentimentos e na verdade continuo não a tendo.

Revelo meu mais profundo sentimento em ocasiões estranhas. O álcool tende a revelar meu acobertado sentimentalismo e o dá até tons de confiança, tais como expressões e olhares profundos.

A madrugada, que por vezes fora minha amiga, insiste em revelar quem sou, ou quem sabe quem não sou. O sentimentalismo da madrugada é exacerbado e parece não ser real, talvez não seja. Tenho doses da antiga paixão e as uso de acordo com o grau de saudade que sinto.

Não mudarei a forma de ser, até por não conseguir. Desconheço a forma de carinho, ou atenção para quem gosto e acabo os tratando da mesma forma como os demais.

Do outro lado de meu, não tão, brilhante cérebro está a parte como me relaciono com as brincadeiras, tramas e afins. Sinto-me totalmente à vontade para criar e elaborar algo que não tenha real motivo, ou que seja para sacanear alguém. Não importa se conheço, ou se não conheço; se gosto, ou desgosto, pois o importante é que a brincadeira tenha sucesso em seu final.

Chega a ser engraçado a forma como venho a agir em tais circunstâncias e com as mesmas pessoas. Pareço intimidado ao manifestar algo, talvez não tenha o que manifestar quanto ao sentimento. Mas me sinto livre para fazer algo que divirta a mim e aos que estão ao meu redor.

Por vezes penso que está deva ser a minha forma de manifestar o que sinto, por brincadeiras e não direcionando um carinho, ou palavras de afeto. Sou estranho e isto só reflete o que sempre preguei.



Matheus.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sobre a irritada.


Como é irritada esta garota de baixa estatura e que em mim provoca calafrios. Já ousei uma vez lhe dizer que me causava atração.

Seu jeito invocado e mandão contradiz todos meus pensamentos machistas. Fico perplexo e sem saber o motivo de tal encanto. Sinto informar que devo ter prazer na irritação alheia, mas ela me causa mais que esta pura sensação de encher o saco.

É gentil e doce quando quer, quando está em poder do álcool também. Sua entonação de ordem me faz rir e me causa tamanha alegria. Ela me atrai por seu jeito e por seu pequeno tamanho.

Não há como não provocar esta que se irrita por tão pouco. Gosto de irritá-la e causar-lhe raiva, de saber o que sente por suas reações.

Jamais eis de esquecer a ligação mais sincera e melódica que recebi. Ainda vou cumprir o que um dia lhe falei.


Matheus.

Sobre parecer real.


É fácil se sentir no comando. Tenho a nítida sensação de controlar o que sinto. Por vezes me pego a pensar no que já fora esquecido e finjo não perceber que ainda não a esqueci.

Meu pensamento ainda se refere a ela com perfeição, porém insisto em dizer que não a desejo mais.

Não existe beleza no que retrato, a não ser que alguém pense como eu e ache a decepção muito conveniente.

Como posso gostar dela, se em sua felicidade eu fico triste. Sou apaixonado por meu ego. Quero somente meu bem estar, claro que ao lado dela seria melhor.

O egoísmo é o que sinto e o que passo disfarçado de paixão. Procuro o que ela me dera. A sensação de estar completo é algo que estou buscando.

A decepção me mostrara como agir em certas situações. Sinto prazer em acabar com o conto de fadas que muitos vivem e em destruir esta realidade paralela do final feliz.

O interesse perdura sobre mim e não escondo minhas reais intenções, por mais infames que sejam.

Não tenho vergonha, ou medo de mostrar minha face obscura.

Prego o desapego enquanto não encontrar o que tanto procuro. Tenho a sensação de estar indo bem na matéria de parecer real.

Por vezes imagino situações e a reação das pessoas para assim fazer a minha própria reação.

Pareço real em muitas de minhas falas e expressões. Tiro do fundo de mim, daquilo que sequer existe, a ternura, a simpatia desejada em certos momentos.


Matheus.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sobre eu mesmo.


O ressentimento é minha capa. Fiquei vagando pela desilusão até encontrar minha real motivação.

Tenho consciência de que me tornei rancoroso, mas de forma alguma isso mudara meu jeito de agir, ou de ser.

Já faz bastante tempo que adotei a forma preguiçosa de ser. Não exponho minhas emoções, talvez por preguiça, ou quem sabe para me preservar.

Até sou de agir por impulsos, mas tenho grande parte das ações já planejadas em meu subconsciente.

Não gosto das pessoas e as trato com frieza, sem raiva ou ódio.

Consigo facilmente controlar o que sinto em determinas situações e tenho domínio total de meu corpo. Faço uso de expressões faciais que sequer tenho por espontaneidade.

Não altero meu comportamento, não sinto o nervosismo padrão e adoro uma discussão, desde que baseada em argumentos, sem imposição, ou gritos de intimidação.

Meus conselhos não são sábios e faço uso de muitas palavras de baixo calão.

Tenho prazer em tramar algo, por mais simples que seja. O troco sempre será dado, não importa quanto tempo se passe, mas eu não sou de esquecer quem me fez algo de ruim.

O tom de ironia é marcante, porém nem tudo é brincadeira. As falácias de que sou frio já são reais e começo a gostar disso. Não consigo sentir pena, ou qualquer coisa que esteja ligado a isto.

Meu olho costuma brilhar e fico ensandecido a cada oportunidade de demonstrar minha falta de sensibilidade, ou a loucura que tanto imaginei.

Começo a achar que não é apenas uma imposição o fato de me achar louco. Por vezes tenho surtos que não consigo controlar. Sou psicótico e salto os olhos, tal como berro sem algum motivo prévio.

Estou me conhecendo cada vez mais e isso me torna mais e feliz, se é que a felicidade existe.

Me sinto completo e revigorado.

Matheus.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre a misteriosa


Seu sorriso me contagia. Ela me seduz com seu mistério.

Estou fora de mim. Quero loucamente a ver, a tocar e sentir seu cheiro.

Estou instigado envolto a sua beleza e tamanha complexidade. Ela parece se esconder, parece ser difícil e isso só me faz a querer cada vez mais.

Seu belo corpo é mais que um atrativo convite à sedução. Quero saber mais, porém não sei por onde começar. Estou em êxtase e ela faz parte desta sensação.

As conversas mesmo que brandas me deixam milhões de perguntas no ar, centenas de duvidas e apenas uma certeza. A quero a qualquer custo, mesmo que eu ainda não saiba quais são seus gostos, ou que não a entenda por completo.

Ela é única e me sinto idiota ao tentar lhe falar como a admiro.

Seu olhar, mesmo que visto por poucas vezes, é penetrante e pareço a conhecer a décadas. Nos damos bem, ao menos eu acho isto, mas não quero ficar só sendo amigo de alguém que me encanta tanto.

Seu mistério é seu mais belo encanto e quero a desvendar por completo. A forma como é direta e decidida me passa um charme mais que redundante.

Repito por mais uma vez que estou seduzido por ela que pouco fala comigo.

Matheus.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sobre a Campanha.


“Mamãe eu quero subir no ranking do BlogBlogs!” - É o nome da campanha que começo a participar.

Anote a sua posição atual e, ao final da campanha, olhe para trás e dê risada do quão medíocre você era antes dessa campanha.

Não perca tempo, divulgue já para todos os seus amiguinhos. Não perca tempo. Link é relevância!

Essa é uma iniciativa dos blogs inSUPORTÁveis e Rafabarbosa.com.

Blogs Participantes:



inSUPORTÁveis RafaBarbosa.com - SNES-ClassicsLazer Paguei MicoTotalmente ResponsaNerdPobreDesconspiraçãoAté Tu BrutusBoneco de MeiaCogumelos - O Crepúsculo - Triplo Sentido - Caixa Pretta - Papibakigrafo - Fester Blog - Estranhos Europeus - Igaum - Senhor Coxinha - Macacumor - Jacaré não come Alpiste - Muita Pimenta - Blog Stereo - Portal Brogui - AJ - Seu estranho - E-Fail - Speed Racer Go Brazil - Pica Pau Brazil - Blog da Mandioca - Malcan - Kamikaze Blog - Mamão Papaia - Malvada - Blog Alternativa - Praticando Humor - Resistance Base - Tudo a ve - Esqueci as chaves - Os Gugas - Foodasticos - Medo do Ego - Denker - Quarto Universitário - SlinkBlog - Café com Pão - Blog do Tiago - Pior -XGoogle - Momento Piada - Fábio P. - Blogando Blog - Seu Boga - Drax - Corto Cabelo e pinto - Outside - Balabusca - Void - Torresmo Fresco - Quatro Minutinhos - Que Mario? - O Padre Voador - Mundo Véio - Mente Vazia é Oficina! - Cogumelo Louco - Vipuraí - Velho - N3tho - Corvos de Malta - NadaVe - Na Mosca - Bate Cabeça - Tô Zuando - Xerox66 - Comic World - Bravus - D_Ver@s - Medsi Downloads - Plano Beta - Sónaboa - Blog do Catarino - Dekantalabassi - O que rola na net - Infonet News - Dia Quente - Minino Bobo - Toques de Prazer - Erro 404 - Jose Carlos Jr. - Eh Memo - Gestantes - Blog do Ananias - Humoroto - Dicas na net - CRPO - Um Tudo - Cérebro de Batata - Seita Sempuu - {D}efeitos Especiais - Papo de Buteco - Tio Punk - @Grega - Oncioso - Suspensa - Vai Digitando - Top Pacaralhu - DJ Magu - SempreON - Pigg - Balastraca - Tudo Junto - Cidadão Maluco - Mundo dos Blogues - Usuário Compulsivo - A vaca foi pro brejo - Nerd Somos Nozes - Falando Dormindo - Cerebelo na Brita - Efeito Joule - Giba Net - Cozinha Masculina - Blog do Inho - Grãos de areia pelo infinito - Criativo de Galochas - Tríade Nerd - Athanazio - The LG blog - Zine Acesso - Irrealidade - Sempre Tops - Deliárea Remodelações - Ferramentas Blog - Mente com curiosidades - Girls Wireless - X com tudo dentro - Tô Atoa - Warning Downloads - Boa Grana - Vixe Mano - Blog Direção - Anderson Nascimento - Swell - Blog do Galvão - Popular Nem Tanto - Irradiando Luz - Só piadas - Quadrideko - Computação Móvel - Blogaragem - Peido de Véia - Códigos Blog - Zoom Digital - Blogando 2.0 - Rock dos Lokos - Rondonia Fest - Malandro eh o pato - Riso em foto - Amenidades da Cristandade - Capa Verde - Chronicles & TalesUnlimited (RED) - Ah! tri Né! - Asttro! - Cadê o Ganso? - E-Mail Twist - Gordo Besta - Trocistas - Rbardini - Sobreturismo - Omedi - Sobre Carros - Blog da DOC - Mj-Coffeeholick - Eita Preula! - Atecubanos - Blog Notícias - HTMHelen - Estimulanet - Osigi - Incrível Brogui - Polaróides Críticas - Universo 42 - Humor de Escola - Max Games IBA - Headbanger - Ela tá de Xico! - Papo de bar - Estimulanet-Tattoo - Reengenhando - Falando em série - Shalshisheira - SuperBilly - Manual do BigBoss - A Espada do Dragão - A Arte da Vida - Universo da Vida - Bomba Digital - Evandro Nunes - Boomerangue - Blog do Lança - Shining Forcewow - Blog do Caipira - Arthur Sorriso - Matriz Ativa Online - All Downloading - Fastfeeds - MK Download - Tribus Bobeu - Cachoeirinha City - Diversão & CIA - Geek’s Fun - Direto ao Ponto - Infomaroto - Paulinho Canevazzi - Catupiry Fatiado - Xilindox - Etc S/A - O Brasil de todos os povos - Amenidades da Cristandade - Véio Tarado - Blog do Léo - Mentor Incorpóreo - Etc. Coisa e Tal - Groselhas Amenas - O Fogar do chimpín - Ineet’s - Mundo Desbravador - BITNew - Bark At The Moon - Vida Simples - Atolou? - Luiz Moreno - Sacoleira - Photoshop Cars - Compartilhando as Letras - Só pra amigos - Salada com Farofa - Os verbos nunca entram num acordo - Lan Portal net - Sylverter Stallone Brasil - Cabeça Xata - Yamassaro - Guia Blogger - The Best Downloads - Vômito Cultural - Gerador de Improbabilidade Infinita - Feminices - The New Web Post - Ai, meus sais! - Filmes que edificam - Desmotivado - Téchne Lógos - Mulher Beleza - Portal Barueri - Blog do Moura - Concursos Brasileiros - Indaiácity - No meio das pernas - SilasIUB - Prefiro não comentar - VisualBox - Dá uma olhada! - Contra tudo e todos! - Café com humor - Carlão Tattoo - Paradoxo Neuroral - Pinguinzando - Saber é bom demais! - Reticências - Tem tudo BR - Made in Brasilis - Batalha Naval - ZeroOitocentos - Combustão - Mazahhh

Sobe conciliar.


Ela não é assim. Ela não é tudo isso que descrevo. Não é doce e sim rude; é bela e indiferente.

O quadro parece perder validade, ou mentiras a parte, ele parece jamais ter sido criado. A decepção é mais bela que poderia imaginar e isto me faz ser mais frio. Frieza que eu tinha e frieza que aperfeiçoei.

Eu não sou assim. Jamais fui sentimental. Ninguém me vira da forma como pareço escrever. O que é falso se confronta com o que parece ser verdade e mesmo assim continuo sem respostas.

Entre baladinhas e músicas pesadas vou variando. Pareço controlar o que antes me afligiu e o que antes me era de bom grado.

Eu admito minha estranheza tradicional. Não tenho pena, nojo e compaixão. O quão estranho sou ainda é um mistério.

A sinceridade parece ser minha inimiga, mas a considero uma fiel companheira, uma de minhas qualidades, ou seria defeitos dos quais gosto.

Não sei do que gosto e se realmente gosto. Pareço desgostar do gosto e assim gostar do desgosto.

É inimaginável como me sinto complexo, como talvez eu seja e como simplesmente resolvo minhas pendências com simples ações. O difícil não me atinge, talvez o fato de fingir que é fácil ajude neste ponto.

Faço teorias e por incrível que pareça elas se encaixam em meu perfil, não dou bola ao dos outros, pois estes não me interessam.

O que sinto por eles, os outros, é irrisório. Minha falta de consideração pode ser marcante, mas não vejo mal em revelar o que todos escondem.

Não gosto e tenho aversão ao falso moralismo, às falsas amizades e a falácia de alguns.

Ela me causa simpatia, faz minhas mãos ficarem tremulas e meu sorriso espontâneo. Ela é bonita, mas não é só isso que me atrai. Eu sou feio, isso todos concordam, e gosto do diferente.

Eu sou diferente e desgosto do normal. Tenho imenso prazer em não ser como eles, em desafiar o tão falado senso moral. Gosto de não seguir padrões e quiçá isso me faça diferente, único talvez.


Digo a verdade Ralf. Ao menos uma vez eu consigo conciliar tudo que sempre preguei.



Matheus.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sobre variar.


Já não sei o que quero, ou o que sou. Por vezes modifico meu humor, meus pensamentos e formas de agir.

Questiono minhas escolhas, minhas dúvidas e minhas ambições.

Habituei-me com a inconstância e ela parece fazer parte de mim já. Não vivo mais a sombra da tristeza, não que tenha vivido, mas ao menos isso fora resolvido.

Algumas vezes tenho a sensação de ser antigo e ter voltado ao começo de tudo, a minha real essência. Por outras vezes me vejo apegado ao comodismo da lembrança vaga e pareço realmente ter mudado, só não sei se fora bom.

Meu humor, apesar de variável, jamais recusara uma boa piada, ou brincadeira, por mais sem graça que esta possa ser.

Modifico minha fala mansa e irônica de acordo com o que sinto no dia-a-dia. A ignorância é padrão e não se modifica.

Vejo-me diferente, porém nada mudara, ao menos não parece ter mudado. Minha estirpe continua a mesma e gosto do estereótipo de mal educado, ou sincero demais.

O que for está bom e acho melhor viver cada dia, de acordo com minha variação, ou inconstância de personalidade.


Matheus.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sobre implicar.


Tenho dom, ou talvez seja retardado. Às vezes penso que tenho problemas e até que gosto de tê-los em certas ocasiões.

As papas na língua parecem não fazer parte de mim.

Diria que autentico é uma característica que me define bem.

Tenho imenso prazer em divertir os outros, nem que para isso alguém pague o pato, e também fazer careta insinuando uma outra personalidade.

Gosto da implicância e acho que a desempenho com desenvoltura de quem tem o dom para isto.

O palavrão é usado com freqüência e também já demonstra a falta de sensibilidade com as coisas, ou pessoas.

Tudo que faço é de caso pensado e não me intimido em dizer que sou oportunista e estúpido para usar algumas fraquezas aparentes.

O fim que desejo não é belo e com final feliz, mas sim de intenso incômodo e implicância.


Ao bom amigo reservo a única palavra de bom grado que me vem a cabeça. Boa noite e sinta satisfação de ter sido agraciado com tal exclamação.



Matheus.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sobre mais uma história.


Encontro me quase deitado. Bocejo intensamente e meus olhos pestanejam calmamente, quase se fechando.

Grande Ralf, eu me sinto muito bem. Estou em paz comigo mesmo, sinto controlar meus pequenos surtos emocionais. Minha aparência, apesar de não ser bela, me rende bons frutos e a confiança esta em alta.

Continuo o mesmo ser ignorante e grosso de antes. Faço piadas infames, falo mal de quem não gosto e trato mal a todos que não me apetecem. Orgulho-me de não agradar ninguém para conseguir as coisas. Sou adepto da sinceridade e por vezes isso me prejudica, mas nada que não possa ser contornado.

Gosto da forma autêntica como me manifesto. Meus olhos ainda são pequenos, não mudarei meu olhar irônico. De minha boca só ouvirás baboseiras, ou piadas sem graça.

A brincadeira é sempre a mesma, a não ser que a outra personalidade assuma o comando. Tenho imenso prazer em revelar a tendência à loucura. Isto ainda continua igual. Por algumas, raras, vezes eu assumo meu ego mais esquizofrênico, problemático, engraçado e até assustador.

Meus surtos psicóticos me fazem parecer hiperativo, inquieto. Tento parar, mas não consigo.

Repito frases que acho engraçada e implico com os que estão a minha volta. Faço o olhar de louco, quem sabe tento intimidar aos que estão presentes. O álcool é meu amigo e gosto da forma como nos relacionamos.


Tenham sossego nestes dias em que ficarei fora. Aproveitarei meu final de semana e até o domingo a noite.


Um abraço grande amigo.


Matheus.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Sobre isso mesmo.


A neblina cobre o céu. Não consigo ver o intenso azul do mar, ou a simples falta de movimento na praça. Sinto o calor do nervosismo, aquele que já não sentia há algum tempo.

Queria escrever algo bonito, mas não sei se consigo. Já faz tempo que ando relaxado e quase não escrevo nada que preste, não que um dia tenham prestado.

Ainda me recordo do teu suave perfume e o cheiro que era teu, segundo tuas próprias palavras.

O tanto de tempo que fiquei sozinho não fora suficiente para te esquecer. Nada e nem ninguém fora capaz de me completar. Sinto enorme vazio quando estou com alguém. Tuas lembranças por hora me prejudicam e até já viraram padrão de perfeição.

Sinto-me na obrigação de ser quem só fui contigo. Não consigo ser mais uma vez simpático, ou carinhoso. Não me sinto mais ansioso para uma saída, por mais importante que ela possa ser. As coisas me lembram de ti a toda hora e sinto-me inofensivo a tamanha conspiração, ou talvez lembrança que eu mesmo tento manter.

Deito em meu travesseiro e não demoro a pensar no que fora crucial para o fim. Quem sabe fui apenas mais um, talvez não fosse o certo, tal como tu fostes para mim.

Tu és a garota certa. Não sinto vergonha em falar que tu realmente mexeste comigo e isto parece não passar.

Olho fixamente para a parede e vejo teu sorriso, um tanto quanto rosado. Escuto a música que me mandastes e já sinto tuas mãos junto das minhas. Guardei para mim cada sorriso, cada frase e cada bilhete, mesmo que por computador do qual foram direcionados a mim.

Por vezes me sinto bem, talvez ao ler a carta que me mandastes dizendo que um dia fui perfeito. Mas na maioria das vezes sinto a decepção me assolar e tu não imaginas a falta que faz ao meu dia-a-dia.

O que tentei fazer por ti eu não faria por ninguém e mesmo assim ainda sinto receio em contar, lembrar que fui, ou que ainda sou apaixonado por alguém que não sabe meu nome.

Já não imagino um encontro. O final feliz se perdera entre os muitos distúrbios que tenho, mas ao menos tua bela imagem não fora manchada, não para mim.


Matheus.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobre Meados de 30 - Parte XI


Ainda nervosa Julita cai no choro. Compulsivo e seguido de soluços faz crer que ela passa por um momento de tristeza sem fim. O que acontecerá ainda é novidade a bela jovem e ela custa a acreditar que perdera sua inocência de forma tão banal.

O clamor de seu lamurio acorda Vlad que até então dormirá em paz, sob a luz do prazer e da glória.

Aos prantos Julita tenta iniciar o que seria uma conversa crucial, tanto para sua vida amorosa, quanto social. O tom das repostas do belo cafajeste são capazes de interpretar que o esperado acontece e a bela jovem não passara de só mais um atrativo ao sedutor Vladimir.

O relógio badalava o meio dia quando Julita sai do apartamento, da qual vivera sua primeira experiência sexual. Sob o olhar desconfiado de todos que estavam na rua, neste domingo ensolarado, Julita caminha, com cara de choro, em direção a sua casa, em direção a sua família.

O dia sequer começou pelos ares da zona nobre da capital. Ainda colhendo os louros de sua vitória, Isabell se encontra deitada entre lençóis de seda. As garrafas de Champagne ainda estão em seu quarto, assim como alguns de seus amigos que por ali mesmo dormiram.

A festa fora boa e como de costume o álcool fora um dos principais motivos para tal alegria. A bela e rica garota comemora madrugada a dentro junto de seu novo affair, este que a conquistara no baile que a coroou rainha.

A segunda feira promete ter boas surpresas pela Escola Metropolitana e as fofocas do grande baile já correm pela cidade.


Matheus.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Sobre a noite.


A chuva começa a cair. Forte e ao som dos relâmpagos ela faz a noite parecer mais gélida do que realmente é.

Tenho receio da noite, isso para não dizer angustia. Gosto da calma que me traz, porém os calafrios me rondam a cada barulho estranho.

Os raios começam a iluminar a sombria noite. Vejo algumas luzes acesas e o mar agitado ao fundo.

O vento balança minha cortina e já aproveito para sanar o calor insuportável que sinto. Presto atenção aos detalhes da vida noturna, seja no agito do final de semana, ou no cotidiano da rotina semanal.

Tomo meu copo de Coca Cola na janela. O vento bate em meu rosto e meus cabelos caem sobre minha face enquanto penso sobre o que escrever ou no fato de só a noite sentir a calma para fazê-lo.

Os cabelos que arranco servem de inspiração e a cada enrolar, eu sinto uma sensação gratificante.

O alivio toma conta de mim e gosto de estar sozinho, apreciando tais momentos de reflexão.

O sono por vezes atrapalha estes momentos de redenção comigo mesmo, mas não que isso seja um empecilho.

Recolho-me sem saber sobre o que escrevi, sem sequer saber o sentido disto, mas com vontade de dormir, ou ver alguma série da qual sou viciado.


Por hora me despeço com um singelo tchau, ou um até breve.


Matheus.