segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sobre um inferno.


Estou recluso, cá em meu canto, meu esconderijo mais que perfeito.

Ainda sob a dor, eu, caminho, vago entre meus delírios rotineiros e meus lapsos de sensatez.

O calor me sobe, estranho e descomunal. Meu peito se abre e meu vazio parece exposto, tão desguarnecido e fraco. Meus medos parecem sair, procuram me amedrontar perante a esse inferno que vivo.

Tento suportar, mas torna-se cada vez mais difícil conviver com tal erro, com tal culpa.

Meus olhos se fecham na busca por uma solução, algo que possa saciar esse vazio deixado. Ainda que pequenos, meus olhos, fitam o horizonte, belo e em completo silêncio, nesta madrugada quente.

Meu peito palpita de forma descontrolada, agonizante a ansiosa. Meu corpo inteiro sua gelado e se mostra apreensivo. Minhas lágrimas secaram, não mereço tal clemência, tamanha fora minha crueldade.

Despeço-me da dor com um salto, ao infinito, as nuvens para sonhar e tentar apagar essa chama que ainda me consome.

Para que de onde esteja, seja um anjo, de chifres e rabo, eu possa cuidar de ti e lhe manter longe de qualquer um que um dia venha a lhe fazer mal, como um dia eu fiz.


Matheus.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sobre a minha maior dor.


Eu te amo. Talvez isso bastasse para representar o que tu és para mim, o quão importante é tua presença, mas não, isso não basta.

Eu ainda te amo e como sempre te amei. No silêncio dos últimos meses me mantive e a sombra dessa paixão, deste amor, se mantinha branda e triste, porém escondida em cada sussurro, ou lágrima derramada.

Meu peito dói, dói de uma forma antes jamais sentida e que me assusta. Eu sinto que perdi, entre meus erros, muitos deles, eu te perdi, talvez para sempre. Meu vazio parece me consumir em uma dor insana, sem previsão de fim.

Eu errei, sei que errei. Meu arrependimento parece me enlouquecer, mostrar que meus defeitos superam minhas qualidades em tal ponto.

A dor parece não passar, não sinto alivio ao escrever. Meu amor persiste em lutar, crer, mas sem forças não sei se agüentarei ficar afastado, com a culpa de ter acabado tudo, de ser o destruidor do meu mais belo e puro sentimento.


Com condolências, Matheus.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Sobre essa coisa estranha.


Não posso mentir. Meu peito me desmente, mais uma vez. Ainda sei como é sentir aquilo tudo que tanto descrevi.

Minha palpitação rápida e diferente começa a ser sentida mais uma vez. Meus olhos estão cheios de lágrimas, lágrimas que mostram o que isso tudo me causa e o que eu ainda sinto.

Dentre meus pensamentos, tu, és dona de tudo que me passa e de tudo que um dia já pensei.

Tento fingir, esconder, mas nada consegue dissipar o que isso ainda importa para mim e o quão importante és para a minha pessoa.

Despeço-me em tom melancólico e sabendo que talvez isso não tenha importância alguma para ti.



Matheus.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sobre um longo tempo.


Intenso calor que parece não passar. Meus olhos teimam em continuar abertos, dispersos no marasmo sem fim desta noite mais do que quente.

Estou sumido, talvez revigorado e não mais propenso a longas conversas com minha antiga terapia.

Tudo mudara e nada é como um dia foi esperado. Meus medos se foram, minha confiança voltara e mais uma vez posso dizer que estou bem.

Um sorriso me encanta, talvez este seja um começo, mas isso só o tempo dirá.

Minha cabeça parece se confundir em datas, já não me recordo de muitas coisas, mas isto eu devo aos goles exagerados de vodka, ou absinto.

Entre um copo e outro tudo corre bem e não tenho nada a reclamar, a não ser da falta de prática para escrever, este pequeno texto já está me enojando.


Despeço-me, sem uma data prévia para voltar.


Matheus.