terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre um olhar.


O sono finalmente bate a minha porta. Meus dedos se entrelaçam por meus cabelos vagarosamente. Já ameaço fechar meus olhos, pequenos, atentos e hoje um tanto tristes.

Respiro fundo, ameaço bocejar e começo a pensar.

Sinto-me só hoje, diferente de outros dias. Não estou completo, algo parece ter fugido de mim, ou quem sabe do meu controle.

Minha alma dorme, repousa em algum lugar, acho que desconhecido até então. Meu coração continua assim, parado, constante em suas batidas, como vem sendo nos últimos tempos.

Despeço-me, tomo meu rumo e vou sonhar, mais uma vez.



Matheus.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sobre um bocejo.


O tempo passou e eu também acabei me passando. Me escondi, me procurei dentro de minha branda confusão e ainda não me encontrei, não por completo.

Procuro meu rumo, mas sem um destino ainda traçado, ou um plano sequer orquestrado. Fujo, sem compromisso, sem bagagem e deixando tudo para trás, tudo que não me é saudável.

Dou asas ao imponderável, crio minha própria beleza, meus caminhos e tento segui-los.

Ainda de longe eu continuo o mesmo, talvez seja força do hábito.

Deito e rolo de um lado para outro na cama, mas não consigo dormir. Penso, volto ao passado, vou ao futuro e caio sempre no mesmo dilema, em minhas mesmas dúvidas.

Bocejo, enrolo meus cabelos e no alto de meu sono acabo adormecendo, para sonhar, esquecer o hoje e descobrir que amanha tudo recomeça de onde parei.


Matheus.