terça-feira, 3 de julho de 2012

Sobre um Inverno.


Já é madrugada, mas por algum motivo ainda não consigo adormecer. Faz calor, um tanto estranho para um inverno gaúcho. As coisas parecem estar confusas, mas, talvez não para mim, ou não neste momento.

Sinto-me prático, corriqueiro, usual e um tanto agressivo. Meu pior lado parece estar mais amostra, contestando a estirpe que tanto passei por estes escritos melosos.

Eu sei, eu sou arrogante, e por mais que isso pareça errado, eu, me orgulho disto.

Também não me acho uma boa pessoa, não meço esforços para conseguir o que quero e passar por quem quer que esteja a minha frente.

Sinto-me puramente vazio, porém, sem um pedaço faltante, ou algo que tenha de ser consertado. Por muito tempo sonhei em dizer que estou só, sou meu melhor amigo, meu pior inimigo e meu próprio psicólogo.

Acabei e de uma vez por todas consegui destruir o resto de amor, de compaixão que ainda existia circulando por minhas veias e bombeando meu coração, agora, parado.


Matheus.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sobre a (RE) volta.


Eu sumi, me perdi e talvez ainda esteja tentando me achar. Julguei necessário, joguei fora paradigmas e tentei me remodelar. 

Talvez isso não tenha dado certo, mas por algum tempo pude me manter diferente, ou quem sabe apenas me achando assim. 

O tempo fora longo. Os meses se passaram, voaram junto das estações, dos amores, sentimentos e do vazio. 

Cá estou, em uma (RE)volta, assim dizendo, querendo compartilhar, escrever e desabafar, como um dia já fora feito.

Começo igual, meus cabelos continuam sendo um alvo fácil e castigados são um bom estimulo a esta volta de rotina.

Sinto-me vazio, por enquanto sem um objetivo, e sinto-lhes dizer que isso no momento me basta. Não procuro a felicidade, ou sequer sei meus sonhos para correr atrás.

 Acostumei-me com a minha figura, sem expressão, sem dor ou alegria. Sinto-me frio, extremamente gelado e andando por um universo onde pareço um mero espectador. Sinto-me melhor, confiança, auto-estima, e meu humor segue o mesmo, variável como sempre.

Tenho certa empatia pela intriga, pelo orgulho e uma boa briga, talvez essas sejam as características que mais gosto em mim.

Sem a mesma desenvoltura sigo para o fim, que não seja derradeiro, como o ultimo escrito.


Matheus.