domingo, 24 de fevereiro de 2008

A mística desta camisa

O começo um tanto quanto assustador, nos jogos de bento gonçalves, a desconfiança pairava o ar.
Será que o "novo" time do Grêmio não seria competitivo como os formados nos anos anteriores, será que a direção errou nas contratações?
Essas eram as perguntas de muitos que acompanhavam e temiam pelo futuro incerto do Grêmio neste ano de 2008. Em meio a turbulência de negociações ditas mal feitas, por boa parte da torcida, como o caso do zagueiro William, e da contratação de Victor, então goleiro rebaixado para série C com o Paulista de Jundiaí, surge um nome distante, que sequer vinha a mente dos torcedores gremistas. Sem especulação alguma, Roger, sim aquele mesmo que foi chamado de craque no fluminense e chinelinho no corinthians, chega ao Grêmio, com uma missão. Ser o camisa 10 da equipe.
O que parecia até então um ano ruim, começa a se tornar um ano tenebroso para os críticos mais oportunistas, que sequer esperam a estréia do mais novo contratado para começar a criticá-lo.
A estréia veio, e com ela uma atuação apenas discreta, sem brilho, mas dentro do esperado. Na seqüência, mesmo com o time armado errado, pelo então comandante Mancini, Roger consegue chamar a responsabilidade e mostrar um pouco do que sabe.
Mas foi preciso, a chegada de um novo técnico, Celso Roth, para que o então camisa 10 pudesse jogar a vontade, sem precisar marcar como um volante, mas cercando e dando o primeiro combate, jogando solto, ele chama a responsabilidade e faz sua melhor partida com a camisa tricolor. É um outro Roger, disposto a livrar-se da estirpe de "chinelinho" e subir a condição de craque, de camisa 10.
Alertei-os que vieram me dizer que esta contratação de Roger era um erro, disse a eles que o Grêmio tem camisa, e que está camisa tem história de fazer muitos até então "operários" a craques, e que não seria difícil, somente devolver o brilho a quem já nasceu com ele.


Matheus Sulis

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