terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Talvez tenha acabado.


Ainda é noite. O escuro predomina o brando céu pouco estrelado. Meus olhos quase se fecham, estão pequenos, adaptados a continua escuridão.

A solidão não me é estranha. O peculiar humor que tenho varia à medida que a noite chega.

Não me conforta o fato de ser livre. Estou cansado, insosso a esta situação que não me é agradável.

Não sei como resolver e sequer sei qual a solução para isto que me afeta. Quero o algo mais, o que ainda não me é conhecido, ou o que talvez possa estar escondido dentro de minhas próprias memórias.

Minha patologia me joga ao relento, ao estranho. Tenho certo receio pelo normal, pelo casual e talvez correto.

Não me retrato de forma correta. Sou péssimo em descrições, talvez até relate de forma equivocada tais fatos.

Não sou assim, não consigo me enxergar assim. Tenho empatia por mistérios, por exageros e perseguições. Já fui taxado de algumas coisas das quais não fazem nenhum sentido.

Meu exagero me torna refém de uma imagem que não é a minha, que não quero ter.

Talvez deva mudar, talvez já tenha mudado. Não mais estou presente, não este que por tanto tempo os enganou.

Matheus.

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