sábado, 10 de janeiro de 2009

Sobre mais uma análise.


Ela sumira de meus pensamentos e coração. Nada era como antes, finalmente eu estava de volta.

O temor havia desaparecido de sua mente. O terrível sentimento era passado, não passara de ilusão, talvez não tenha nem existido.

A memória ainda tem lapsos da antiga história, fábula que contei, porém as marcas foram extintas e consumidas por algo maior que a antiga dor.

Tudo parece tão belo, simples e chuvoso. O antigo não era capaz de me fazer refém, não mais. Ele estava recomposto, como se nada o tivesse quebrado.

Duro, frio e insosso ele permanecia. Era gracioso ver como não se alterava e não demonstrava nenhum sinal de exaltação, nervosismo, ou qualquer outro sentimento barato em suas batidas constantes.

A constância voltava aos seus domínios. Era mais uma vez amigo de seu rude e arrogante ego.

Sua face refletida no espelho mostrara como era. Os poucos movimentos que fazia já bastavam para mostrar sua reação. Parado, não se mexia para nada e por ninguém.

Estava dormindo, parecia sonhar, quem sabe, cochilar por seus olhos entreabertos.

Seu longo cabelo caia por sua testa e orelha. O preto que os dominava, também era a cor de seus petulantes olhos levemente manchados de um marrom bem delineado.

Sua pele branca, pouco bronzeada demonstrava o desafeto pelo sol. O clima chuvoso era de bom grado a sua diferente personalidade.

O arrogante ar que ventilava por suas narinas traduzia seus pensamentos. Era capaz de dizer qualquer coisa, seja boa, ou ruim. Sua sinceridade marcante não lhe rendia bons frutos, mas isso não tirara o orgulho de ser sincero.

Sabia o que falar. Mentia na mesma entonação como falava a verdade. Por vezes exacerbava em seus sentimentos sintéticos, tudo bem planejado, sabendo o que cada um desejava escutar.

Sua boca, por vezes, tão áspera e maquiavélica sabia como conduzir um bom dialogo e irritar a quem ousasse discordar de suas opiniões, muitas vezes controversas.



Matheus.

Um comentário:

  1. o texto não tem nada a ver com as imagens?

    nossa, me lembra meus títulos.

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