domingo, 21 de dezembro de 2008

Sobre a lua e a chuva.


O verão não tardara a chegar. O calor já era eminente.

O sol que escaldava seu corpo parecia ser queimar como nunca. Tudo estava diferente, tudo não passara de mais um dia de verão. O clima era de irreverência, mas ele não tirara sua expressão séria do rosto.

Era fechado e toda aquela sensação de calor não o agradava. Sentia-se preso, porém não queria libertar seu astral novamente.

Gostava do frio. Tinha certa atração pela garoa que raramente caia. Sentia-se bem aos pingos que tardariam a cair. Já era noite, ele não gostara da claridade do dia.

Estava apreciando a lua, como sempre o fizera. Esperava a garoa, sempre ela, que o aliviaria seu ego. Refrescava-se ao som da água que caia e de frente para a lua que, entre nuvens, insistia em aparecer.

Já era diferente, não mais um garoto inconseqüente. Sabia que estava só, tinha gosto por sua branda e relevante solidão momentânea. Ele procurara esse momento, não queria mais ninguém por perto.

Sob o olhar da lua ele permaneceu e de lá jamais fora capaz de sair.

Matheus.

Um comentário:

  1. "Sob o olhar da lua ele permaneceu e de lá jamais fora capaz de sair."

    Tu anda me dando medo! auhauhuah muito legal o texto...fugiu do estilo dos outros! Gostei!! Um beijao e feliz natal ( sei que tu aadoro um natalzinho hahah)

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