sábado, 6 de dezembro de 2008

Sobre o outro.


Não sei como me chamo, na verdade acho que ainda não possuo algum nome.

Não sei falar, de minha boca grunhidos são emitidos com freqüência, tal como gritos de exclamação.

Não tenho uma boa aparência e também não sou muito comunicativo, na verdade nem faço questão de ser.

Provoco o medo, ao menos essa era a real intenção. Devo ser louco, já pensei nesta hipótese.

Tenho olhos bem abertos e ando com a cabeça meio abaixada. O sorriso é irônico e maníaco.

Começo a rir a toa, gargalho com tamanha intensidade sem motivo prévio.

Estou insano, melhor dizendo, sempre fui insano.

Não sou muito bem visto e isto me agrada. Não causo bem estar e isto me motiva.

Sou o outro, a corja, ou a face maníaca de um doente.



O outro.

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