quarta-feira, 11 de março de 2009

Sobre o descompasso.


Estou envolto ao sublime delírio. Sonho corriqueiro, nada estranho.

Meus olhos estão fechados, não quero abri-los. Meu íntimo segredo é revelado nestas linhas tênues da imaginação e do desejo.

Tua presença flutua em meus pensamentos. Tua beleza, como sempre, é redundante.

O esplendor é emanado em minha direção. Sinto coceira em minhas, geladas e pequenas, mãos.

Meu coração parece estar arrítmico, irregular. Teus passos guiam meus olhos e teu perfume me conduz a algo superior.

O entrelaço dos dedos já não é possível. Insisto em declamar poemas, revelar tua importância, mas isto não parece fazer mais sentido.

Nossas bocas talvez não se toquem mais, estranha sensação de perda.

Sorriso perfeito, eu queria te trazer tamanha felicidade.

Tremulas mãos, soluço preso e sentimentos sendo jogados ao vento.

Acho que jamais me imaginastes assim. Ainda não gosto de me expor, mas não tenho como evitar que assim o faça, não assim, sabendo o que significas a mim.

Meu olhar ainda te exalta, eu te quero e ele revela isso como poucos.

Meu sorriso aparece só ao teu lado, sou bobo, felicidade por estar contigo.

Obrigação de te conquistar. Quero lhe ter, não por mais uma vez, talvez pela eternidade.

Meu descompassado coração ainda lhe te tem como paixão e, dependendo de mim, ainda continuará tendo.




Matheus.

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