terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre uma mente confusa.


Sempre fui fechado e dificilmente mostrava meu real sentimento. Tudo soava tão falso nas vezes que ousei declamar o amor, ou quando tentei fazer algum carinho.

Parecia tão irreal e de certo ponto até era. Não me sentia a vontade fazendo uma cara bonita, não que a tivesse, ou mostrando um olhar apaixonado.

Jamais tive desenvoltura para tratar de meus sentimentos e na verdade continuo não a tendo.

Revelo meu mais profundo sentimento em ocasiões estranhas. O álcool tende a revelar meu acobertado sentimentalismo e o dá até tons de confiança, tais como expressões e olhares profundos.

A madrugada, que por vezes fora minha amiga, insiste em revelar quem sou, ou quem sabe quem não sou. O sentimentalismo da madrugada é exacerbado e parece não ser real, talvez não seja. Tenho doses da antiga paixão e as uso de acordo com o grau de saudade que sinto.

Não mudarei a forma de ser, até por não conseguir. Desconheço a forma de carinho, ou atenção para quem gosto e acabo os tratando da mesma forma como os demais.

Do outro lado de meu, não tão, brilhante cérebro está a parte como me relaciono com as brincadeiras, tramas e afins. Sinto-me totalmente à vontade para criar e elaborar algo que não tenha real motivo, ou que seja para sacanear alguém. Não importa se conheço, ou se não conheço; se gosto, ou desgosto, pois o importante é que a brincadeira tenha sucesso em seu final.

Chega a ser engraçado a forma como venho a agir em tais circunstâncias e com as mesmas pessoas. Pareço intimidado ao manifestar algo, talvez não tenha o que manifestar quanto ao sentimento. Mas me sinto livre para fazer algo que divirta a mim e aos que estão ao meu redor.

Por vezes penso que está deva ser a minha forma de manifestar o que sinto, por brincadeiras e não direcionando um carinho, ou palavras de afeto. Sou estranho e isto só reflete o que sempre preguei.



Matheus.

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