terça-feira, 19 de agosto de 2008

Sobre um sonho irreal.


Eu a vi. Estava longe, mas a vi.

Mantive-me escondido, envolto aos arbustos, apreciando sua felicidade. A distância não impediu que conseguisse ver o brilho no olhar. Seus cabelos reluziam ao encontro do sol e seu sorriso refletia a paz que encontrara consigo mesmo.

Observei por horas a fio. As lágrimas escorreram pelos meus olhos e a cada fechar de pálpebras eu me sentia feliz.

Tentava me manter anônimo em meio aos poucos que ali estavam. Sorri a cada balançar de cabeça e por vezes me senti no céu, apreciando um open bar.

Hesitei em falar, preferi apenas apreciar. Era mero espectador de um momento de beleza infinita.

Fora de longe que senti pela ultima vez aquele que ficou ao meu lado por tanto tempo. Extravasei de alegria ao lhe ver sorrir com sinceridade e ver que meu coração não suporta o ódio por ti.

Entrastes no mar, bela e na companhia de quem realmente gostas, apesar de saber que é o melhor para ti, fui obrigado a pedir um copo de vodka para continuar apreciando o que mais me deixa feliz. Brincava feito criança e tua ingenuidade era incrível. Apreciei o máximo que pude e somente fui embora ao por do sol.

A sensação de pureza me dominava e eu não sabia como me desvencilhar. Queria não sentir, somente ser indiferente, mas não era possível, tua forma de ser me deixara hipnotizado e mesmo desiludido, eu, fui obrigado a bater palmas.

Pelo visto não sou o único a enxergar teu jeitinho de ser. Como queria ser teu amigo e não somente te ver em sonhos, pensamentos e realidades alternativas que acabo criando.

Como bem sabes, arrancastes um sorriso meu agora e por mais que saiba que jamais lerá isto, estou agradecido por idealizar o dia perfeito, não meu, mas teu.

Teu passar reto foi um duro golpe e agora me limito a ser apenas mais um espectador da tua grande magia: Encantar a todos que lhe conhecem.

Sem sombra de dúvidas, descobri que tu és única e jamais será substituída.

Matheus.

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