terça-feira, 17 de junho de 2008

Sobre ser gaúcho.

Sou gaúcho, moro em outro estado e sei que a ninguém isso interessa, mas é inegável a relação entre o povo dos pampas do Rio Grande com sua dita querência amada.

Posso dizer que não vejo só meu próprio umbigo e que com um olhar de fora, podendo ver e saber o que os outros acham, chego à conclusão que somos sim um povo de muita tradição e com um orgulho um tanto exacerbado, mas de total forma muito bonito.

O bairrismo pondera sobre muitos e confesso ser um deles, mas não como forma de depreciação de outros estados e das pessoas que neles vivem, mas sim do sentimento de exaltação de tudo que em nosso estado se cria, se faz e de hábitos só nossos.

O chimarrão nunca me agradou, as musicas gaudérias não eram sequer escutadas, mas eis que a mudança chega e os que antes não eram vistos com bons olhos, começam a ser mais costumeiros. O hino entoado por todos acaba por mostrar um sentimento de patriotismo, mas não pelo país que vivemos e sim pelo estado que fomos criados.

A guerra que por anos perdurou em nossas terras, mesmo que em anos longínquos deixaram grandes marcas, marcas de desconfiança perante o território nacional, marcas de paixão por onde nascemos e intenso orgulho por sermos, querendo ou não um povo diferente.

O clima bem delineado das quatro estações bem definidas já seria um forte argumento para sermos diferentes do Brasil tropical e cheio de praias, mas não param por ai as grandes diferenças. As mulheres sempre lindas, por estes pagos são mais que belas exceções. Os hábitos como já citados e auxiliados da grande diferença no vocabulário, das gírias e da influência platina na hora da fala. Não poderia esquecer do churrasco que chega a ser mais que uma tradição por estas bandas.

O celeiro do Brasil, por alguns anos este era o grande papel do estado do Rio Grande do sul na economia brasileira. Brasil este que fora dominado por gaúchos, quando estes acabaram por ser maioria no comando da dita pátria amada, como bem cita o hino nacional.

É mais que visível ver para quem está de fora já algum tempo, mas que com freqüência tende a visitar, que os gaúchos são sim os que mais tendem a cultivar suas tradições, mesmo fora de seu estado e deve ser por isso que CTG’s são comuns em todo território nacional.

É com imenso orgulho que digo a todos que sou gaúcho e apesar de jamais ter seguido todas as tradições de meu estado amado, sei que isto não diminui a paixão que sinto por estes pagos tão belos.

Os parques da capital, ou as noites gélidas do interior, nada tão belo como apreciar a beleza de seu estado que te acolhe e que a todos sentimos orgulho de pertencer.


Matheus.

3 comentários:

  1. Eu carrego comigo um orgulho falso de paranaense. Falso porque eu não sou paranaense e porque morando no estado que eu moro, não dá pra chamar o que eu sinto de orgulho.

    Ficou adorável o texto.

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  2. Mazaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!

    SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
    DE MODELO A TODA A TERRA!

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