domingo, 20 de julho de 2008

Sobre influências da infância.


Tento regressar ao passado. Gosto de ver como tudo era simples quando se é criança. Tenho em mim a sensação de envelhecer constantemente. Sensação esta que não me agrada nem um pouco. Sinto falta dos tempos de colégio, mais que isso, dos tempos em que brincar era a única aventura.

Não reclamo da vida, longe de mim, até pelo fato de não ter muitas preocupações mesmo hoje em dia. Mas sim pelo fato de me satisfazer apenas como uma brincadeira. Onde gostar de uma guria era algo a ser escondido e o futebol do recreio era sagrado. Os desenhos que assistia sequer tinham nexos, eram Vacas e Frangos, Cavaleiros de armaduras e um tal de Dexter com um laboratório cientifico dentro de casa, claro que escondido dos pais.

Era sedutor demais ver tudo aquilo e imaginar-me na dita vida dos personagens. O quão ilusório não é querer ter um grande laboratório escondido nos fundos do seu quarto.

Quem de nós jamais tentou fazer um “kame hame-há” do Goku.

Admito que desde esta tal época, eu já pensava em namoradas, por mais que tivesse de esconder o meu gosto pela garota desejada. O primeiro beijo até que não tardou a sair e posso dizer que foi com quem eu gostava no momento. Mas foi algo bem engraçado pelas circunstancias e decepções que tive perante aquela que me beijou.

É, posso dizer que jamais mantive um relacionamento continuo. É de total verdade que sempre acabo por enjoar, ou me desapegar de forma rápida quando algo está realmente ficando sério. Podem falar ser problemas de relacionamento, mas tenho certeza que disso não sofro. Quanto mais convivo com as pessoas, mais procuro e acabo por achar os defeitos que procurei para justificar minhas ações. Estava a procura da garota perfeita, mas sequer sei qual a perfeição que procuro e se isto existe.

Não se enganem quando pensam que sempre me baseio em desenhos. Não nego que já me influenciaram bastante, porém não faço uso do discurso de ficar só com a pessoa “amada” tão pregada por séries, novelas e até alguns desenhos.

De pedra, é como me sinto. Sinto uma enorme falta de sentimentos. Afeição por amigos e família, é o máximo que consigo tirar de algo já endurecido perante a tanta indiferença.

Será que algum dia eu voltarei a desejar um beijo de suspirar e me deixar nervoso? .

Pode ser que sim, e até não duvido se isso vier a acontecer rapidamente, como da ultima vez que pensei fazer o contrário.

Surpreendo-me, não por saber que já gostei, ou gostarei novamente. Mas pelo fato de saber que consigo controlar e até fazer paródia com o que um dia não me fez bem. Que isso um dia volte a todos que me desejaram coisas ruins. Isso se chama ódio, rancor. Como queiram, é fato que nem todos me conhecem e eu começo a descobrir cada vez mais um lado gelado e sombrio. Quem sabe agora possa me espelhar em desenhos malignos, é uma hipótese a ser considerada. Tal que sempre gostei dos vilões.

Matheus.

2 comentários:

  1. Bom bom bom mulão!

    "Tal que sempre gostei dos vilões."

    ahuah tu é mto do mal!

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  2. se bem que os vilões sempre são mais interessantes mesmo!

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