quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sobre as Aparências



Por vez me pego a pensar no que pensam sobre mim. Talvez pensem que sou um completo idiota, decadente e depressivo. Diria que esta é uma boa opção, porém não a correta. Muitos dos que os meus textos acabam por ler sequer me conhecem, ou conhecem há pouco tempo para saber que não sou um espelho do que escrevo.

Os textos que na madrugada são escritos acabam por ter um caráter triste, apesar de nem sempre me sentir assim ao escrevê-los.

Tendo a exacerbar nos sentimentos para dar mais ênfase ao que sinto. Não que seja irreal toda esta paixão, mas não é verdade que sofro constantemente com isto. Aprendi a conviver com o fato de não estar perto de ti, de não lhe ter mais e assim não me sinto culpado ou arrependido por sentimentos que tendem ao passado.

Tenho de admitir que o que escrevo até tem característica do dito “mal do século” e até acho isso engraçado, pois muitos acham que vivo na sombra de um amor que não foi correspondido, que sou um ermitão que tende a viver nas cavernas só pensando em quem ama. Amigos me ajudam cada vez mais, não a te esquecer e sim a preencher o vazio que por vezes aparece, quando o sentimento da paixão é demonstrado por alguém e me traz boas lembranças.

Não foi a toa que sempre fui taxado de capeta e de serelepe, característica que não fiz questão de me desfazer, que tento levar sempre e que não será uma decepção amorosa que me fará mudar da água para o vinho. Já revelei por algumas vezes ser mais que inconstante, consigo em espaços curtos de tempo me contradizer em muitas questões, e a maioria sempre tende a ser por tua causa. As brincadeiras que sempre fiz e que continuarei a fazer jamais vão me deixar tornar-me infeliz, fraco e mesmo que não me sinta completo por sentir a tua falta, sentir saudade da pessoa querida, eu sei que apesar do amadurecimento serei o mesmo cara de pau que todos os amigos conhecem.

Tenho a nítida impressão de já ter escrito algo parecido, mas não me importo nesse momento. A verdade é que começo a ficar sem assunto, apesar de querer continuar a escrever. Os textos que a ela dedicava estão cada vez mais repetitivos e chatos. Gosto dela e disso sei que todos sabem, mas não vejo mais motivo de escrever, começo a pensar mais em mim. Pensar em um futuro, tentar desvencilhar esta imagem da madrugada que criei, de que textos a ti devem ser endereçados.

Obrigado, é o que tenho a dizer, revelastes um dito dom, não que escreva bem, mas gosto disto que começo a fazer por todas as noites e quero levá-lo para sempre, quem sabe levar adiante não apenas como um hobby.

As aparências enganam como quem me vê e conversa comigo, jamais há de saber que escrevo coisas ditas bonitas. Assim como os que não me conhecem por total, que acabam por ler o que escrevo e assim me imaginar alguém diferente, sentimental quem sabe, se decepcionariam ao saber que a única coisa que não sou é um sentimentalista fervoroso. Ah claro, não poderia esquecer do meu único e eterno amor, fora a família que sempre tive, o Grêmio que amo é sempre bem visto e por mais que esteja mal, jamais eis de abandonar este que tem meu eterno amor.


Matheus.

2 comentários:

  1. É, eu não te conheço o suficiente pra ter uma impressão que simbolize algo verdadeiro de ti, mas pode ter certeza que o que tu passa não provoca em mim uma imagem de uma pessoa triste, ou de um "ermitão que tende a viver nas cavernas só pensando em quem ama". O que marca em ti é um Matheus sincero, em todos os aspectos. Tanto nas horas de falar coisas boas, tanto nas horas de falar coisas ruins.

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  2. Pooois, muito bom sr. Mas te acho tão confuso...

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