segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre o Silêncio


O silêncio começa a predominar no ambiente que estou. Tento sem sucesso escrever algo que seja diferente de tudo que já escrevi. Acabo por apagar e reescrever rascunhos do que viriam a ser textos, mas que por algum motivo não passaram sequer do primeiro parágrafo.

Enrolo meus cabelos como um ato de concentração, sim eu faço isso desde os dois anos de idade, mas esta noite as palavras parecem fugir de mim. Tenho algumas linhas feitas de outros textos, mas não vejo motivo de me enganar e as postar como se fossem inspirações desta madrugada.

Acabo por sempre escrever sobre o que sinto por ti e não que isto me desagrade, até pelo fato de eu gostar muito de escrever sobre isto, mas sim pelo fato de ficar repetitivo e chato para os poucos leitores que tenho.

O calor é intenso e me faz lembrar o verão, os dias de praia que com os amigos passei foram legais, desde as férias nas bandas do Rio Grande até o carnaval em alto estilo pelos ares cariocas.

Recordo-me das incessantes brigas e o riso estampa meu rosto ao pensar em como tudo começou.

O destino, sim a ele atribui tudo, mesmo sem sequer acreditar nele, mas só pode ter sido ele para unir pessoas tão diferentes e as separar em tão pouco tempo.

O sapeca Matheus, do qual todos comentam ter nome de peste, o garoto sem papas na língua, chato e que gosta de brincar até perder a noção em suas brincadeiras, com a bela, irritadinha e mandona que me conquistou.

Não consigo ficar sem olhar tuas fotos, sem ler o que um dia a mim escrevestes. Chego a me emocionar em saber que um dia fui querido por alguém e em poder dizer que esse sentimento foi mais que recíproco.

Por vezes penso em tentar novamente e ir atrás, mas mudo de idéia antes mesmo de imaginar que posso me machucar mais uma vez e assim faço dos meus inconstantes pensamentos duvidas, de qual seguir, e o que fazer. Sei que algum dia eu terei de escolher e acabar com isso que não me aflige mais, mas que tenderia a melhorar muito minha dita pacata vida caso voltasse a ser minha.

Queria lhe dizer que não escolhi gostar de ti, que isso apesar de bom para mim, eu sei que te importuna, mas não sei como fazer esta paixão ficar discreta e não demonstra-la mesmo a ti incomodando.

Recolho-me tendo orgulho de ter lhe falado tantas coisas mesmo que não goste de algumas delas. Tua amizade a mim é pouco, ser teu namorado foi um sonho concretizado, mas somente o fato de ter lhe conhecido já valeu tudo que vivi e tenha certeza que mudastes minha vida completamente, até agora para melhor é claro.

Um dia contarei como te conheci, junto das outras histórias engraçadas que tenho e dirão ser mentira, mas não me importo, pois sei que o que nos afastou tende a nos unir mais tarde. Não acredito no que falo, mas dizem que uma mentira repetida por diversas vezes vira verdade e por mais estranho que pareça eu sei que isso é verdade, portanto estou a acreditar na tua volta, nem que isso demore o tempo que for.

O Matheus chato, contador de histórias se revelara alguém de imaginação fértil e até tende a contar suas histórias, só que desta vez de forma literal, mesmo que muitos se espantem ao saber que alguém tão idiota até que sabe escrever.



Matheus

Um comentário:

  1. Você sempre escreve sobre ela, mas tá longe de ficar chato. Pra mim, pelo menos.

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