segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre manipular.


Concedi-lhe meu coração. Deixei restrito a ela qualquer manifestação emotiva.

Sou alheio a sentimentos, sensações e qualquer coisa que faça me crer no dito amor.

Tenho a exceção, como toda regra. Finjo, por vezes, sentir emoções e faço isto bem, modéstia a parte.

Minha cara insossa e tamanha habilidade de não crer me faz ser tão cético. Gosto de certas companhias e até acredito em amizade, mas não venham me dizer que o amor existe.

Nunca me importei com os outros e sequer me coloco em seus lugares na hora da dor.

Não perco a chance de caçoar, seja na tristeza, ou alegria. Gosto de ser assim e apesar de muitas vezes ser execrado, eu só falo a verdade.

Manipulo bem minhas ações, sei controlar meus instintos e fazer o sentimento aparecer, mesmo que seja de mentira.

Uma simples conversa, uma trova quem sabe, ou até mesmo por textos que descrevo. Em toda minha vida, não muito longa, menti e fingi, seja para conseguir aquela garota, ou para comover o diretor de que estava arrependido.

Sempre lidei bem com as situações, sabia o que queria e principalmente o que os outros queriam escutar, sentir ou somente enxergar. Habilidade que se desenvolvera e me mostrou como perceber as emoções das pessoas; como são frágeis e fáceis de manipular, até mesmo quando acham estar no controle da situação.

O caminho fora traçado, meus planos e objetivos. Preciso aperfeiçoar o que já é bom, preciso manter e não só conquistar.



Matheus.

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