segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Sobre o último dia.


Eu a tive. Por mais um único momento, eu a tive em meus braços. Juntos, ao som de uma bela música, entrelacei meus lábios junto aos dela e vivi por mais um segundo o momento mais magnífico de toda uma vida.

Guardei aquele raro momento, seja de amor, ou esquecimento de problemas, em uma parte da qual ainda não conheço neste meu universo tão confuso.

A meia luz, eu segurei suas mãos e, como por mágica, meus gelados dedos se aqueceram rapidamente, assim como meu coração.

A paixão que reluzia de meus olhos parecia contagiante e mesmo eu, tão cético, agora acreditava em amor eterno.

O dia parecia não ter fim e nem eu queria que acabasse. Aproveitava cada momento como se fosse o último.

Declamava poesias e lia a ela alguns dos textos que a enderecei. Seu sorriso lindo me contagiava e mesmo sabendo que estava prestes a acabar, eu tentava contrariar o destino e mudar o curso de minha história, quase fábula.


O insucesso já era previsto e quando tudo se dissolvera no ar, a lembrança ficou e o arrependimento havia ido embora, silencioso deu lugar a forte e eternizada paixão.

Luto, até hoje, para lhe mostrar, mudar este conto de fadas sem um fim ainda prévio. A esperança é nula, mas insisto em sempre relembrar este último e belo dia.


Matheus.

Um comentário:

  1. super adorei o jeito como tu (d)escreve sentimentos e detalhes :) não sei se é real ou fictício, mas deixar a esperança ser nula não é legal :\ a gente tem que, pelo menos, sonhar, né?

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