sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sobre o mais belo.


É no mínimo curioso. Pareço triste, quem sabe estou triste, mas eu não queria passar tristeza.


Sim, sou confuso. Admito algum caráter típico da tristeza, solidão e até tenho fascínio por tamanha dramaticidade.


A paixão que tanto relato é de fato verdadeira e me alegra por saber que tive, ou ainda tenho sentimentos, mas também incomoda pelo fato de não estar ao lado de quem gosto.


Jamais havia me apaixonado de tal forma. Pensei por diversas vezes que havia encontrado alguém de quem gostava, no entanto, foi por ela, aquela que me causara palpitação que me apaixonei.


Fui sincero demais ao dizer que a amei, que provavelmente ainda a amo e que dificilmente a esquecerei. Sinceridade que me deixara encabulado, frente ao sorriso lindo e por vezes envergonhado.


Falo aos quatro cantos, porém ninguém me escuta. Discuto com fantasmas um conto de fadas que criei. O fim sequer foi selado, mas é difícil ver outro final, da qual a felicidade não passe bem longe.


Mantenho, por orgulho próprio, este sentimento. Sou estranho e repito, perante a humilhação resguardo o resquício de sentimentalismo que me sobrara para futuros contos, fábulas e afins que por vezes invento.

Não condeno ninguém, entendo a situação, mas seria demais pedir a mim que mandasse no meu coração.


O esquartejado, negro, coração é forte e só me resta descobrir por quanto tempo agüentarei retratar, sem me sentir mal, este que descrevo como o mais belo e puro sentimento.

Com alguma tristeza, quem sabe, com muito sono e cansaço, com toda certeza, mas acima de tudo sem um rancor, ao menos imediato.



Matheus.

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